sábado, 25 de setembro de 2010

Lonely Wolf


Quando eu joguei as palavras "lonely wolf" no google, em busca de uma imagem para este post, as duas primeiras coisas que vieram foram um site pornográfico e uma cidade norte-americana (na verdade Lone Wolf). A princípio eu pensei que nada disso tem a ver com o que é, de fato, para mim e muitas outras pessoas, a crise do Lonely Wolf. Mas pode muito bem me dar base pra explicar.

Lonely Wolf significa "lobo solitário". E a crise homônima leva esse nome para simbolizar a situação da pessoa que se encontra sozinha no mundo, sem ninguém que goste dela, nem amor, sem carinho, no silêncio da noite, imaginando que bom seria estar solto pelas ruas e vivendo a vida com o coração aberto. Ou algo assim.

Daí que um site pornô pode ser muito útil pra algumas pessoas que se sentem sós, mas não resolve muita coisa. E eu descubro que em Lone(ly) Wolf, Oklahoma, não habitam mais de 500 pessoas. Porra, deve ter quinhentas pessoas vivendo no meu prédio, se não for mais! Bota solidão aí! Nesse caso, porém, "solidão comunitária".

Eu tô nessa, e não é de hoje! Já tive altos e baixos e o Lonely Wolf me encontrou muitas vezes, e agora voltamos a nos ver. Nesse momento, 19h24m, enquanto rola uma festa ali na rua, estou aqui, zapeando canais, entre "O diário de Bridget Jones" e "Vai dar namoro", do Melhor do Brasil, pra dar umas risadas e sonhar um pouco com histórias mirabolantes - não necessariamente nessa ordem.

Não sei qual a solução pra afastar essa crise, tirar essa zica e lavar a alma, mas sei que talvez isso que eu esteja fazendo não é a melhor solução. Talvez, né? Mas, por hoje, só por hoje, eu vou viver minha bad trip de Lonely Wolf, tomar o meu sorvete, dar aquela engordada, ficar menos amorosamente viável, e rir de Bridget nas suas tentativas de se dar bem na vida - fingindo descaradamente que eu não tento também.

Ai, vou lá que chegou um carinha dançando psy-trance no programa do Rodrigo Faro, e aí eu penso: antes só do que acompanhada por um pseudo-gogo-boy de camiseta branca em gola V, com correntes de prata penduradas no pescoço, penteado "transado" e uma lábia, assim, de escola primária!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tá rindo do quê?


Chega dessa palhaçada de cumprimentar toda vez, que eu não sou apresentadora de programa dominical.

Tô no clima de protesto. Eu sempre fui o que se pode chamar de "engraçadinha" ou "metida a engraçadinha" para aqueles que não curtem uma pessoa que faz piadas. E até curto, nunca neguei essa minha raiz meio cômica. Mas acho que tudo tem um limite, né? Galera acha que a gente é PALHAÇO.

Sabe aquele pessoal que te cutuca com o cotovelo e diz "Ow, conta uma piada ae" ou "fala alguma coisa engraçada"? Pois é. Esse pessoal aí é que acha que a vida é circo e os outros são palhaços. E isso é pior ainda quando você é que nem eu e faz parte de um estereótipo conhecido mundialmente: o gordinho engraçado.

Existem vários tipos de gordinho. O engraçado, o bobo - que ri de tudo -, o nerd que só joga no PC e aquele que quer se encaixar de qualquer jeito e por isso fica pra lá e pra cá de cachorrinho dos outros.

Ah! Sem contar no típico gordinho de filme de terror, que SEMPRE morre comendo ou tentando fugir (como é gordo, ele fica pra trás, tem dor aqui do ladinho do corpo ou tropeça numa raiz de árvore).

Acontece que há dias em que você não quer ser o (gordinho) engraçado. E simplesmente quer ser ranzinza e resmungar palavrões pelo cantinho da boca.

Eu tenho vontade de, um dia, quem sabe, arrumar uma briga com alguém desconhecido em um bar, em uma situação como a seguinte: estou com meus amigos, curtindo uma good vibe, trocando altas ideias, e dando boas risadas. Até que o estranho do outro lado do balcão olha pra você e ri.

E aí, meu amor, é a HORA DA GLÓRIA. Você que, no fundo, não quer fazer social com ninguém porque já tá mais do que satisfeito com suas companhias, vira pro indivíduo e fala: TÁ RINDO DO QUÊ? TENHO CARA DE PALHAÇO POR ACASO?

Aí você quebra uma garrafa na mesa (né, Maria?) e começa a DUELAR. Quem sabe um dia, né?

É muito complicado quebrar o estigma de engraçadinho, porque aí tudo que você fala é levado como piada, tudo que você faz é interpretado como se fosse um esquete do Zorra Total. Chega um ponto em que você não pode nem levantar que nego já pensa que é show de Stand-Up Comedy.

Sou Jerry Seinfeld não, rapá! Se pelo menos me pagassem...

No fundo é tudo culpa sua - minha, no caso, já que o desabafo é meu. Quem mandou um dia querer ser engraçadinho?

Aproveitando o gancho, vou colocar dois vídeos aqui que exemplificam situações distintas de GRACINHA.

1. Típica pessoa PENTELHA que CURTE ser engraçadona, mas, no fundo, deixa a galera numa BAD fenomenal e num climão desses de "tô rindo pra não perder o amigo"



2. Situação em que você já sofre com o estigma do palhaço. A intenção é boa, mas ninguém leva a sério.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quem não bebe, não tem história (e quem não se ferra também)



Luis, traz mais uma rodada de maria mole... que hoje a gente vai pra night!

Quem nunca fez um rolê errado que atire a primeira pedra! Errado, entenda, como furado, sem nexo, chato, sem sentido ou simplesmente ridículo. Claro, que noites incríveis, são - obviamente - incríveis, mas são as grandes cagadas da vida que fazem história na mesa do bar. Com certeza, aquela balada sensacional, só com gente linda e cheirosa, open bar, que você entrou vip e foi o sucesso da noite foi inesquecível pra você. Pra você.

Mas ninguém gosta desse tipo de história. Ninguém.

Por isso, deus criou artifícios para que o diálogo entre os amigos ficasse mais dinâmico e divertido: ele faz as coisas darem errado. Afinal de contas, ninguém passa o dia dos namorados na Cinemateca, contando moedas pra comprar um choconhaque e ver um filme pseudo-pornô com os amigos de livre e espontânea vontade.

"Ai, eu sou cult e super faço isso nas minhas horas livres". Okay, inclua nesse lindo programinha uma peregrinação por ruas desertas e desconhecidas - em que um dos seus companheiros tem um cajado e o outro acha legal fazer um remake de Bruxa de Blair - com um grã finale de todos perdidos no centrão da cidade, graças a um busão errado.

Ou qualquer outra coisa do gênero. Você simplesmente sabe que as coisas não vão bem, quando você está comendo um cesto de pastel no meio da balada. Isso somado a tombos na rua, litros de maria-mole, pessoas carregando placas de isopor e uma quase morte por acidente de carro digna de cinema.

Se isso não é influência divina, não sei o que é.

Você tem que me amar!


Oieeeeeeee!

Acordei toda trabalhada na carência de atenção e queria conversar com várias pessoas e tal, mas aí né, sou filha única e não rola muita conversa. E também, eu ando falando muito sozinha e tá ficando chato já.

Aí então, eu fiquei pensando em como a gente tem essas crises de vez em quando, sabe? Quer atenção, quer contar uma história, dividir um causo, fazer uma piada, e espera que qualquer um esteja por perto para ouvir. E o que acontece na maior parte dos casos? Frustração.

Eu, por exemplo, sou patética quando tenho abstinência de atenção. E aí, tudo que eu falo pras pessoas é com tal empolgação que fica ridículo e eu perco o respeito - se é que eu tenho, né? Pareço aquelas crianças idiotas que falam a noite toda e ninguém escuta.

Pareço o Baby, sabe? Da família dinossauro. Querendo que as pessoas me amem e me dêem carinho incondicional.

Mas até aí, fazer o quê, né? Já virou banalidade pra mim, então eu falo assim mesmo, nem que seja pra ficar dizendo 10 ou 12 coisas aleatórias e mesmo que eu comece diversos assuntos e não termine nenhum deles.

Acho assim, sabe: se você não tem com quem conversar, não se reprima! Se as pessoas não prestam atenção no que você fala, foda-se! Faz um teste. No meio de um desabafo ou uma história, fala coisas do tipo: "e aí encontraram um celular enfiado no meu reto" ou então "sua mãe mesmo tava lá, pelada, com um bandeirão da Gaviões na mão, sendo assediada pela galera ao som de 'levada louca'".

Confia em mim. Funciona.

Agora dá licença que eu vou ali falar com o espelho.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nova série: Sendo maduro

Sabe quando você fica muito, mas muito feliz com uma coisa que deveria ser encarada como banal? Pois é.
Com vocês, a verdadeira face do ser humano. Sendo maduro, com Vani (Os Normais)



Quem nunca fez algo assim (ou parecido) que atire a primeira pedra.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ê saudade que bate no meu coração



Oi, Luiz... traz tudo que a gente vai tirar o atraso, gatinho!

Nossa, isso aqui tá ridiculamente abandonado, afinal de contas somos pessoas muito ocupadas. Eu, por exemplo, estou constantemente focada na minha eterna missão de ser a pessoa mais inoperante da face da Terra.

Por exemplo, eu acordei as 11 da manhã - porque a minha mãe me acordou - e eu ainda estou aqui de pijama (ok, eu estou de pijama há dias), lendo coisas inúteis na internet (grande parte delas eu já li antes) e enrolando pra fazer nada! Minha alimentação básica consistiu apenas em leite condensado, pão, maionese e morangos.

Eu tenho um milhão de coisas pra fazer, mas eu sempre arranjo um tempinho para relaxar. Afinal, todos temos o direito de ir dormir as cinco da manha porque ficamos descobrindo no name generator qual seria o seu nome de pirata ou de lutador mexicano. Você com certeza está pensando "nossa, Ana, como você é gorda e preguiçosa", mas isso é inveja sua por que não descolou um nome tão cool como Chimichanga Toxico!

Sabe? Eu queria ser uma pessoal normal. Levantar as 5 da manhã, correr e ser magra. Ter um estágio, ser inteligente, saber opinar sobre política e futebol e parecer menos ridícula as vezes. Saber fazer baliza e ficar menos doente.