segunda-feira, 28 de maio de 2012

Paranauê


Meu Deus, quanto tempo! Dá até prazer digitar sabendo que o produto final vem parar aqui! Saudades infinitas, Luis!

O contexto do momento é: cabô Cásper, começô vida. Ou seja, it sucks, baby! Há muito tempo estou trabalhando de casa, em um freela que salva os momentos de aperto. Sou como a Rapunzel presa na torre mais alta do castelo mais alto - ou seria essa a Fiona? De qualquer modo, o único príncipe que pode vir aqui me salvar é, sei lá, o porteiro, caso eu fique trancada no calabouço quarto.

Com o tempo em minhas mãos, comecei a ficar meio neurótica por não conseguir um trabalho há tantos e tantos meses - nove, pra ser vergonhosamente justa. E assim passo o dia fazendo milhares de teorias falhas sobre a comédia da vida desempregada. Quando o ano começou eu acreditava que ia ser "TOP NA BALADA", mas anda sendo uma coisa "SE ISSO É ESTAR NA PIOR... FODEU", estou na pior.

É como se a vida fosse essa roda enorme de capoeira e eu tô ali, com meu cordão amarelo, gingando para lá e para cá. Paranauê, paranauê, paraná. Vem o final da faculdade em dupla com a vida adulta, cordão branco, todo mundo batendo palma, e ela mete uma boca de calça - me puxa pelos pés e me derruba no chão. Paranauê, paranauê, paraná. Quando eu ainda me sinto tonta, mas ja recuperei o equilíbrio... vixe! Sai da frente! Desemprego sem dó no rabo-de-arraia. Pé na cara e queda dolorosa. Paranauê, paranauê, paraná.

E ninguém compra meu jogo, mestre! A roda da vida (que não é a roda viva) segue na bateria, no berimbau, pandeiro e atabaque. Podia ser show de Ivete, mas né? É paranauê, paranauê, paraná! O negócio é praticar e ganhar experiência - às vezes o jogo não é para machucar, mas pra ensinar mesmo. O golpe chega perto mas não atinge e você desequilibra, mas não cai. E um dia a roda abre para você, mestre! Chega no aú e faz seu show, e aí então você consegue a liberdade e felicidade desejada, e pode cantar que aqui você é feliz, paraná!

Paranauê, paranauê, paraná...


segunda-feira, 7 de maio de 2012

As boas filhas nunca saem de casa

Olá? Luís? Como você é? Eu esqueci!

Esqueci do blog, dos compromissos assumidos, dos copos sujos na pia e de uma velha tradição. O TCC acabou (tiramos 9,5 se é que interessa pra alguém), a gente se formou, colocou grau, dançou valsa e incrivelmente ninguém chorou. Passou tanto tempo que eu nem sei mais como escrever aqui. Aliás, até o sistema mudou. O século também virou?

Não sei se fico feliz ou triste de voltar aqui. Feliz porque arranjei tempo ou era meu último resquício de terapia? Feliz porque meu último post era sobre novelas horríveis na globo e todas estão abalando Bangu ou triste porque todas as minhas lamentações se agravaram?

Gente, incrível! Graças a deus tem grade na janela do trabalho e eu não durmo em beliche. Ta difícil viver a vida. Confere, Arnaldo? A culpa é minha? Não aguento mais trabalhar, me esquentar, requentar, fritar os meus neurônios. Beleza que eu dei adeus ao desemprego e olá para novos quilos. Algumas amizades foram cortadas com navalha, mas outras surgiram para um frescor. Mais o mais importante disso tudo, minha gente, é que as novelas da globo estão boas.

A vida tem conserto? Se pá eu sou de vidro.