domingo, 7 de novembro de 2010

Voltei...


Luis, traz aquele mé, aquele mé bom que matou o vigia!

Depois de algumas semanas enfermo, voltei! Voltei para o bar. Minha garganta pedia um pouco de álcool, mesmo que do desodorante, algo que admito, bebi, bebi de Avanço!

Esse singelo eliminador de odor tem uma história peculiar e interessante, pelo menos para mim, um amante de tango e axilas (devemos falar disto em outros papos). Habita em minha memória a propaganda na qual aparecia o grande mestre, Didi Mocó (autor de uma das mais consagradas cenas do cinema em Os Trapalhões e o Rei do Futebol, digna de um Hitchcock em Psicose), usando do produto e todas as, melhores, mulheres avançavam contra ele. Pensava eu: “Se ele pega todas, imagine eu!”.

Gostaria de ilustrar essa conversa com a história desse tipo de feromônio, mas quase não há informações. Assim, fiquem com esta:

“Desodorante masculino de grande aceitação popular nos anos 70 e 80, Avanço possuía um perfume refrescante característico e marcante, com preço que cabia no orçamento da maioria. Desenvolvido para o homem jovem e dinâmico, Avanço tinha forte apelo de sedução. Tanto que, no final dos anos 90, como última tentativa de resgatar a marca, o ator Victor Fasano fez um comercial que marcou para sempre a imagem do antigo produto. Diante de uma legião de fãs, ele dizia: ‘Com avanço, elas avançam’.”

Também apreciaria ficar mais pelo bar, mas como este não possui uma TV, não poderei assistir ao Majestoso, ou melhor, o clássico entre Corinthians e São Paulo. Desse modo, levanto, recolho minha cadeira e: “Luis, fecha aqui para mim!”.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Tutorial PPP



Musos e musas, como vão?

Deus deu talentos e defeitos a cada uma das pessoas. E cada um deve decidir se usa esses talentos para o bem ou para o mal. Cansada de guardar o meu dom especial só para mim, resolvi abrir na roda todo o conhecimento que adquiri com anos e anos de incontinência intestinal.

CALMA, GENTE! Eu não uso fraldas geriátricas, mas em dia de diarréia alcoólica ou em viagens sem infraestrutura adequada é preciso ter habilidades que não se aprende na sala de aula. Por isso trago aqui para vocês um exclusivo tutorial "Como cagar fora de casa", com a marca registrada do Blog PPP.

Primeiro de tudo, vamos ao básico: as regras de uso de banheiro com cabines.

Seja no trabalho, na faculdade, no shopping, no hostel, NUNCA, nunca saia da cabine enquanto pessoas estiverem dentro do banheiro. Todo mundo sabe quando alguém está cagando, portanto, poupe-se do constrangimento de ser olhada com o "eu sei o que você estava fazendo" ou, em casos mais graves "o que raios você comeu?".
Por isso, sempre espere. E caso você esteja do outro lado da cabine, fuja do banheiro o mais rápido possível. Dê aos outros um momento de tranquilidade para tal momento sagrado e volte mais tarde. Todos agradecemos.

A polêmica questão do papel na privada: colocar ou não?
Sem dúvida, o papel funciona como um artifício de proteção e higiene, e evita que aquela água insalubre respingue na sua bela buzanfa. E também te resguarda de barulhos de submersão indesejados. Mas o feitiço pode ser virar contra o feiticeiro: você pode entupir a privada.
Sempre teste a pressão da descarga antes de deixar a sua carga! Um banheiro entupido pode ser uma situação de um constrangimento incalculável e outra: o papel dificilmente vai todo embora. Ou seja, quem entrar depois de você - caso seja um banheiro privativo - terá uma prova concreta do que você estava fazendo.

Fósforos: impossível você lembrar de ter eles com você, mas são ótimos para disfarçar odores indesejados.
Lenços umidecidos: seja em viagens ou no dia-a-dia, volte a infância e abrace essa glória dos céus. O pai de todos os cagões limpinhos sem teto!

Estou fora de um ambiente seguro e preciso ir no banheiro, Ana. Como devo proceder?
Depois de um tempo e certo traquejo, os banheiros do trabalho e da faculdade tornam-se velhos conhecidos, mas as vezes a gente sai da rotina. Como encontrar um banheiro seguro em situações de viagem ou na rua?

Não tenha dúvidas: opte sempre por supermercados! Eles são de longe os mais limpos e, incrivelmente, os mais vazios. Você terá um banho de tranquilidade, privacidade e limpeza todo ao seu dispor.
Se engana quem pensa que os shoppings sejam uma boa opção. Cheio de crianças, você pode ser importunado a qualquer momento e grandes grupos costumam entrar de uma vez só e o quesito limpeza não é uma garantia. Guardem eles para a segunda opção.

Parques: outra opção que é uma grande surpresa. Sempre vazios e limpos, oferecem grande tranquilidade. Afinal de contas, os visitantes focam mais nos bebedouros que nos próprios banheiros. E como a maioria das pessoas está fazendo atividades físicas, a alta taxa de suor reduz o número de idas ao banheiro. Mas esteja prevenido: a papel não é o forte! Carregue sempre o seu!

Na balada/barzinho/festa universitária: "xixi é rapidinho, cocô é só em casa". A vida é cheia de trapaças e nunca se sabe o que pode acontecer. Nesses momentos, conte sempre com um(a) amigo(a) do peito, pra ficar na sua porta falando que você está passando mal. E lembre-se: no começo da festa sempre faça um estoque de papel higiênico, isso te poupará de um incrível perrengue no final da noite. E claro, mesmo que você não precise pintar a porcelana, te proporcionará um xixi mais confortável durante a balada.

Nunca se esqueça: sempre aja como se nada tivesse acontecido! Mas em caso de caganeira generalizada, sempre assuma para seu grupo de amigos, o desabafo é sempre um alívio! E, claro, tome IMOSEC, o padrasto de todos os cagões.

Em casos de extrema impossibilidade de conseguir um banheiro, opte por métodos não ortodoxos e sem comprovação científica para segurar a onda:
- Cause dor em outros lugares do corpo: morda a mão, se belisque, peça para alguém te unhar. Pode parecer estranho, mas funciona. Com a dor o corpo entra em situação de emergência, e os movimentos peristálticos são parados temporariamente.
- Ande e beba água gelada.
- Fixe o olhar num ponto fixo ou feche os olhos, prenda a respiração o máximo que você puder e vá soltando lentamente. Isso te relaxará, caso a origem de sua dor de barriga seja de fundo emocional - mas funciona em outras situações também.

Para solucionar outro caso fora dos abordados aqui: boa sorte e leve um gibi!

Antes tarde do que nunca



Salve, salve galera que abandonou esse blog assim como eu!

Oh, se eu fosse uma mãe, já teria perdido a guarda deste tão carinhoso filho que eu negligenciei nos últimos tempos. Somente Carol tem honrado esse glorioso blog. E, por isso e outras cositas, nada mais justo que falarmos dela!

Carol, Carolzita, Carol bela, Caca, Neném (Melloni), Mamota (eu) ou Cacau (Cadelão), não importa como você chamar: ela sempre estará lá. Seja pra atualizar o blog, fazer trabalho, jogar futebol na rua, guardar a porta do banheiro, lamber o chão do bar, comer mcdonalds, ouvir asneiras, fazer massagem, dançar tango, caminar, constranger e arranjar brigas. Carol está sempre pronta para ação e para emoção. Acredite! O conceito de amigo de todas as horas foi inspirado único e exclusivamente nela.

É de longe o bom senso do quarteto. Sempre pronta para ouvir a última história horripilante da dupla masculina ou segurar a inconseqüência da integrante anã, Carol não é exatamente o sinônimo de prudência. Trombadas, encontrões, quedas na rua e batidas de cabeça são parte da rotina desse bebê gigante. Esquentadinha, também sofre da sindrome de super-herói: acha que pode com tudo e com todos.

Mas não precisa ter medo, ela só tem cara de má. No fundo não passa de um ursinho carinhoso! Louca por um guaraná gelado, está sempre com os dedinhos em riste pronta para dançar, fazer amigos ou perder algum deles com uma piada sagaz! Futebol é com ela mesmo, mas cuidado! Na hora de torcer ela fica mais louca que todos os 4 em dia de China!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os 4 do Bar

Com vocês: os 4 do bar, mais conhecidos como as pessoas que fazem - naquelas - esse humilde blog. Embora os dois da ponta aí estejam meio ausentes, mas logo voltarão.

A apresentação, mais do que tardia, se inicia com nosso célebre "moleque-piranha" (zuei), Gabriel Melloni. Mais conhecido por Melloni, Memê, Mê, Melzinho, Melão, Ziraldinho e, ultimamente, especialmente na ocasião acima registrada (Oktoberfest), como Débora Falabella.

Melloni curte uma cerveja, um pagode, um sertanejo e uma alegria de viver, na simplicidade. Muito preocupado com o futuro do planeta, ele se engaja nas causas mais complexas, como a da economia da água. Melloni não toma banho. O cara é gente fina (literalmente) e é corinthiano, maloqueiro e sofredor (graças a deus?). Quer companhia para tomar uma maria-mole e roubar coisas da rua? Ele é o cara que você precisa.

Ao lado do ilustríssimo estou eu, a pessoa que vos fala no momento, mas vou incumbir essa tarefa a qualquer outro dos meus colegas que estiverem dispostos à fazê-la - e espero que façam, né, poxa - pois falar de si mesmo é um grande desafio. Mas, ó, sou mó legal. Pergunta pra minha mãe.

Dali mais pra frente vem Maria. E como diria Milton Nascimento, Maria realmente é muita coisa. É o som, com sua bela voz aveludada. Pode ser ouvida da Lua. É a cor, mas só nesse momento, devido ao sol que fez em Blumenau, e é o suor, com certeza, mais do que nunca, em uma Cervejada. Enfim, mistura de dor e alegria, né, gente? E digo mais: nada, NADA supera essa garota quando ela decide cantar alto e balançar os ombrinhos com charme ímpar. Melhor que isso, só rebolar o joelho e a bunda ao mesmo tempo.

Uma das figuras mais pitorescas e carismáticas da face da Terra, e é ótima companheira de copo, mas, ainda mais, de garfo - ou de mão, quando se trata de comer um Temaki, coisa que ela não pensa nem uma vez antes de aceitar. Como é a caçula, ainda está aprendendo a falar, andar, come bem e exige constante troca de fraldas. Em suma, Ana Maria - não a da cabine, nem o bolinho, muito menos aquela que se veste de Madonna (ou seria He-Man?) na televisão e fala com um papagaio - é diversão PURA.

Para finalizar, o "pai" de todos. Cauê Vizzaccaro. O cara com o maior número de consoantes em um sobrenome na história mundial. Famoso pela alcunha de Cadelão, é o mais velho, mais maduro (?), mais centrado, e meio mau-humorado, mas virou um docinho de coco depois de um tempinho de convivência com pessoas como nós. Define "panela velha é que faz comida boa" e é, de fato, um exímio dançarino. Um pé-de-valsa que eu aprovo!

Rei do PPF e consumidor número 1 de Gelol e tomates-cereja, gosta de uma boa cerveja, um bom papo, e uma boa petiscagem - como todos aqui. No momento, ama o vídeo do gatinho DJ e trabalha 90h por semana, fechando a mesma revista pelo menos 5 vezes por dia. Uma correria só! Ainda nos deve 198 garrafas de cerveja.

Essa é nossa linda equipe, nosso time, que faz nosso lindo blog.

Prazer!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cara, caramba, cara, cara ô


Ai, gente, hoje eu to afim de curtir o verão!

Sabe, tô cagando pra horário de verão e gente que reclama dele, até porque eu curto muito sair do trabalho e estar aquele sol de fim de tarde! Não vejo a hora de chegar as férias da faculdade e eu poder curtir toda essa vibe paulistana-praia-chic e empinar uma pipa, tomar um sol na laje e beber uma limonada (ou um suco de limão, cabeça?).

Há tempos que eu não sentia essa vibe "quero férias escolares". Desde que eu estava no colégio. Na faculdade eu sempre pedia pelamordedeus pra acabar logo, mas não pensava que "nossa, vou curtir um verãozinho" e sim "nossa, acabou". Não que eu esteja de malas prontas pra Honolulu ou algo parecido, mas me faz bem a sensação de alívio que dá em pensar que não terei mais que ficar nas aulas até 22h30 da noite.

E com um tempinho desses dá vontade até de empinar pipa, andar de bicicleta, fazer piquenique no parque, andar de carro em alta velocidade no horizonte sem fim ouvindo músicas emocionantes. Enfim, veremos o que o verão guarda para mim - para nós.

Enquanto isso, vou aturando os longos dias que começam às 06h e terminam às 24h.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

sábado, 25 de setembro de 2010

Lonely Wolf


Quando eu joguei as palavras "lonely wolf" no google, em busca de uma imagem para este post, as duas primeiras coisas que vieram foram um site pornográfico e uma cidade norte-americana (na verdade Lone Wolf). A princípio eu pensei que nada disso tem a ver com o que é, de fato, para mim e muitas outras pessoas, a crise do Lonely Wolf. Mas pode muito bem me dar base pra explicar.

Lonely Wolf significa "lobo solitário". E a crise homônima leva esse nome para simbolizar a situação da pessoa que se encontra sozinha no mundo, sem ninguém que goste dela, nem amor, sem carinho, no silêncio da noite, imaginando que bom seria estar solto pelas ruas e vivendo a vida com o coração aberto. Ou algo assim.

Daí que um site pornô pode ser muito útil pra algumas pessoas que se sentem sós, mas não resolve muita coisa. E eu descubro que em Lone(ly) Wolf, Oklahoma, não habitam mais de 500 pessoas. Porra, deve ter quinhentas pessoas vivendo no meu prédio, se não for mais! Bota solidão aí! Nesse caso, porém, "solidão comunitária".

Eu tô nessa, e não é de hoje! Já tive altos e baixos e o Lonely Wolf me encontrou muitas vezes, e agora voltamos a nos ver. Nesse momento, 19h24m, enquanto rola uma festa ali na rua, estou aqui, zapeando canais, entre "O diário de Bridget Jones" e "Vai dar namoro", do Melhor do Brasil, pra dar umas risadas e sonhar um pouco com histórias mirabolantes - não necessariamente nessa ordem.

Não sei qual a solução pra afastar essa crise, tirar essa zica e lavar a alma, mas sei que talvez isso que eu esteja fazendo não é a melhor solução. Talvez, né? Mas, por hoje, só por hoje, eu vou viver minha bad trip de Lonely Wolf, tomar o meu sorvete, dar aquela engordada, ficar menos amorosamente viável, e rir de Bridget nas suas tentativas de se dar bem na vida - fingindo descaradamente que eu não tento também.

Ai, vou lá que chegou um carinha dançando psy-trance no programa do Rodrigo Faro, e aí eu penso: antes só do que acompanhada por um pseudo-gogo-boy de camiseta branca em gola V, com correntes de prata penduradas no pescoço, penteado "transado" e uma lábia, assim, de escola primária!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tá rindo do quê?


Chega dessa palhaçada de cumprimentar toda vez, que eu não sou apresentadora de programa dominical.

Tô no clima de protesto. Eu sempre fui o que se pode chamar de "engraçadinha" ou "metida a engraçadinha" para aqueles que não curtem uma pessoa que faz piadas. E até curto, nunca neguei essa minha raiz meio cômica. Mas acho que tudo tem um limite, né? Galera acha que a gente é PALHAÇO.

Sabe aquele pessoal que te cutuca com o cotovelo e diz "Ow, conta uma piada ae" ou "fala alguma coisa engraçada"? Pois é. Esse pessoal aí é que acha que a vida é circo e os outros são palhaços. E isso é pior ainda quando você é que nem eu e faz parte de um estereótipo conhecido mundialmente: o gordinho engraçado.

Existem vários tipos de gordinho. O engraçado, o bobo - que ri de tudo -, o nerd que só joga no PC e aquele que quer se encaixar de qualquer jeito e por isso fica pra lá e pra cá de cachorrinho dos outros.

Ah! Sem contar no típico gordinho de filme de terror, que SEMPRE morre comendo ou tentando fugir (como é gordo, ele fica pra trás, tem dor aqui do ladinho do corpo ou tropeça numa raiz de árvore).

Acontece que há dias em que você não quer ser o (gordinho) engraçado. E simplesmente quer ser ranzinza e resmungar palavrões pelo cantinho da boca.

Eu tenho vontade de, um dia, quem sabe, arrumar uma briga com alguém desconhecido em um bar, em uma situação como a seguinte: estou com meus amigos, curtindo uma good vibe, trocando altas ideias, e dando boas risadas. Até que o estranho do outro lado do balcão olha pra você e ri.

E aí, meu amor, é a HORA DA GLÓRIA. Você que, no fundo, não quer fazer social com ninguém porque já tá mais do que satisfeito com suas companhias, vira pro indivíduo e fala: TÁ RINDO DO QUÊ? TENHO CARA DE PALHAÇO POR ACASO?

Aí você quebra uma garrafa na mesa (né, Maria?) e começa a DUELAR. Quem sabe um dia, né?

É muito complicado quebrar o estigma de engraçadinho, porque aí tudo que você fala é levado como piada, tudo que você faz é interpretado como se fosse um esquete do Zorra Total. Chega um ponto em que você não pode nem levantar que nego já pensa que é show de Stand-Up Comedy.

Sou Jerry Seinfeld não, rapá! Se pelo menos me pagassem...

No fundo é tudo culpa sua - minha, no caso, já que o desabafo é meu. Quem mandou um dia querer ser engraçadinho?

Aproveitando o gancho, vou colocar dois vídeos aqui que exemplificam situações distintas de GRACINHA.

1. Típica pessoa PENTELHA que CURTE ser engraçadona, mas, no fundo, deixa a galera numa BAD fenomenal e num climão desses de "tô rindo pra não perder o amigo"



2. Situação em que você já sofre com o estigma do palhaço. A intenção é boa, mas ninguém leva a sério.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quem não bebe, não tem história (e quem não se ferra também)



Luis, traz mais uma rodada de maria mole... que hoje a gente vai pra night!

Quem nunca fez um rolê errado que atire a primeira pedra! Errado, entenda, como furado, sem nexo, chato, sem sentido ou simplesmente ridículo. Claro, que noites incríveis, são - obviamente - incríveis, mas são as grandes cagadas da vida que fazem história na mesa do bar. Com certeza, aquela balada sensacional, só com gente linda e cheirosa, open bar, que você entrou vip e foi o sucesso da noite foi inesquecível pra você. Pra você.

Mas ninguém gosta desse tipo de história. Ninguém.

Por isso, deus criou artifícios para que o diálogo entre os amigos ficasse mais dinâmico e divertido: ele faz as coisas darem errado. Afinal de contas, ninguém passa o dia dos namorados na Cinemateca, contando moedas pra comprar um choconhaque e ver um filme pseudo-pornô com os amigos de livre e espontânea vontade.

"Ai, eu sou cult e super faço isso nas minhas horas livres". Okay, inclua nesse lindo programinha uma peregrinação por ruas desertas e desconhecidas - em que um dos seus companheiros tem um cajado e o outro acha legal fazer um remake de Bruxa de Blair - com um grã finale de todos perdidos no centrão da cidade, graças a um busão errado.

Ou qualquer outra coisa do gênero. Você simplesmente sabe que as coisas não vão bem, quando você está comendo um cesto de pastel no meio da balada. Isso somado a tombos na rua, litros de maria-mole, pessoas carregando placas de isopor e uma quase morte por acidente de carro digna de cinema.

Se isso não é influência divina, não sei o que é.

Você tem que me amar!


Oieeeeeeee!

Acordei toda trabalhada na carência de atenção e queria conversar com várias pessoas e tal, mas aí né, sou filha única e não rola muita conversa. E também, eu ando falando muito sozinha e tá ficando chato já.

Aí então, eu fiquei pensando em como a gente tem essas crises de vez em quando, sabe? Quer atenção, quer contar uma história, dividir um causo, fazer uma piada, e espera que qualquer um esteja por perto para ouvir. E o que acontece na maior parte dos casos? Frustração.

Eu, por exemplo, sou patética quando tenho abstinência de atenção. E aí, tudo que eu falo pras pessoas é com tal empolgação que fica ridículo e eu perco o respeito - se é que eu tenho, né? Pareço aquelas crianças idiotas que falam a noite toda e ninguém escuta.

Pareço o Baby, sabe? Da família dinossauro. Querendo que as pessoas me amem e me dêem carinho incondicional.

Mas até aí, fazer o quê, né? Já virou banalidade pra mim, então eu falo assim mesmo, nem que seja pra ficar dizendo 10 ou 12 coisas aleatórias e mesmo que eu comece diversos assuntos e não termine nenhum deles.

Acho assim, sabe: se você não tem com quem conversar, não se reprima! Se as pessoas não prestam atenção no que você fala, foda-se! Faz um teste. No meio de um desabafo ou uma história, fala coisas do tipo: "e aí encontraram um celular enfiado no meu reto" ou então "sua mãe mesmo tava lá, pelada, com um bandeirão da Gaviões na mão, sendo assediada pela galera ao som de 'levada louca'".

Confia em mim. Funciona.

Agora dá licença que eu vou ali falar com o espelho.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nova série: Sendo maduro

Sabe quando você fica muito, mas muito feliz com uma coisa que deveria ser encarada como banal? Pois é.
Com vocês, a verdadeira face do ser humano. Sendo maduro, com Vani (Os Normais)



Quem nunca fez algo assim (ou parecido) que atire a primeira pedra.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ê saudade que bate no meu coração



Oi, Luiz... traz tudo que a gente vai tirar o atraso, gatinho!

Nossa, isso aqui tá ridiculamente abandonado, afinal de contas somos pessoas muito ocupadas. Eu, por exemplo, estou constantemente focada na minha eterna missão de ser a pessoa mais inoperante da face da Terra.

Por exemplo, eu acordei as 11 da manhã - porque a minha mãe me acordou - e eu ainda estou aqui de pijama (ok, eu estou de pijama há dias), lendo coisas inúteis na internet (grande parte delas eu já li antes) e enrolando pra fazer nada! Minha alimentação básica consistiu apenas em leite condensado, pão, maionese e morangos.

Eu tenho um milhão de coisas pra fazer, mas eu sempre arranjo um tempinho para relaxar. Afinal, todos temos o direito de ir dormir as cinco da manha porque ficamos descobrindo no name generator qual seria o seu nome de pirata ou de lutador mexicano. Você com certeza está pensando "nossa, Ana, como você é gorda e preguiçosa", mas isso é inveja sua por que não descolou um nome tão cool como Chimichanga Toxico!

Sabe? Eu queria ser uma pessoal normal. Levantar as 5 da manhã, correr e ser magra. Ter um estágio, ser inteligente, saber opinar sobre política e futebol e parecer menos ridícula as vezes. Saber fazer baliza e ficar menos doente.

domingo, 22 de agosto de 2010

Nova Série: Seu TOP


Quero estrear uma nova série maravilhosa em nosso blog não menos maravilhoso falando sobre uma nova forma de tratamento psicológico, que provavelmente muita gente já conhecia e vai achar que é uma babaquice eu estar falando aqui agora como se fosse uma grande novidade.

Pra essa galera eu digo: foda-se.

Duas coisas que combinam MUITO: carros e música.

Portanto, se um dia você estiver triste, deprimido, nervoso, puto da vida, virado no jiraya, com vontade de socar alguém, dar uma bica na cara do seu chefe, empurrar sua namorada ou seu namorado de uma escada e fazer parecer um acidente, por favor, pense duas vezes, pegue as chaves do carro - ou um carro - e saia dirigindo loucamente com o rádio no último volume.

Garanto que você volta - se voltar - novinho em folha! Ou, no mínimo, menos frustrado.

Para ilustrar o post e fazer jus ao nome da série, aqui vai o top 3 clipes com carros - poderia chamar essa série de "trinca de ases" mas a Rádio Gazeta FM (a primeira!) iria me processar. E fica melhor mesmo sendo "seu top" pra que todos possam fazer "top" quantas coisas quiser.

Número 3 - Jamiroquai - Cosmic Girl
Para curtir uma corridinha de buenas com carros que custam mais do que a sua vida


Número 2 - The Cult - Painted on My Heart (do filme "60 Segundos)
Para curtir quando se stá na companhia de Angelina Jolie e/ou Nicolas Cage roubando carros importados, de buenas também. Numa relax, numa tranquila, numa boa.


Número 1 - Red Hot Chili Peppers - Scar Tissue
Para curtir uma road trip todo fodido, sujo e estraçalhado, mas sem perder o charme e na ÓTIMA companhia de Kiedis, Chad, Flea e John.


Ai, Deus! Espera aí, gente! Vou tirar o Fiestinha da garagem!

Ah! Convido todos a escolherem seus "top clipes com carros" também!

Vou ali comprar cigarro...



Paz, galera!

Olha, cheguei a conclusão de que algumas pessoas são geniais. Algumas, né. Uma delas é a que inventou a ideia de que "se tudo der errado, eu viro hippie". Não tô dizendo que tudo deu errado pra mim, mas eu já tô quase virando hippie. E isso não tem nada a ver com o fato de que eu ainda não tomei banho hoje e meu cabelo tá de dar DÓ, não. Acontece que chega uma hora em que não dá mais.

Tudo parece problema, saca? Cacete! Bons eram os tempos em que os problemas dos homens eram algumas geleiras que se aproximavam demais da terra ou dinossauros famintos escapando de um parque temático.

Hoje é aquela historia de ter que arrumar um emprego e ganhar dinheiro pra pagar uma faculdade que não se importa com você. Afinal de contas, caso se importasse, não deixaria rombos no banheiro, por onde pode passar um gorila; muito menos te colocaria em uma sala de aula que ferve no verão e congela no inverno... entre outras coisas.

Você também tem que ser inteligente, saber falar sobre música, filmes, política, economia, guerra na Zâmbia, ataque no Rio, festa em Gramado, natureza no Tibet, tecnologia japonesa e - porra! -fingir que não curte BBB e não sabe o que é o "Créu" - e que nunca tentou atingir a velocidade 5.

E se você é mulher, ainda tem que estar sempre bonita, arrumada, ser interessante e se preocupar em não ficar gorda e arrumar uma desculpa pra não ter que discutir sua dita "vida amorosa" com tias intrometidas em almoços de domingo em família. Sem contar os já citados "príncipes encantados" do caralho que fodem a sua vida, fazendo você procurar um cafajeste com quem você jamais terá um futuro digno, a não ser que seu ícone seja , sei lá, Joana Machado, a louca ex de Adriano.

Tudo isso é demais pra uma pessoa aguentar, então, vira e mexe, dá aquela vontade falar: "galerá, tô indo ali comprar um cigarro e já venho...", e antes mesmo de ouvir argumentos como "mas você não fum...", bater a porta e não voltar NUNCA MAIS. Ir morar na praça, criar esquilos, vender tornozeleira pra surfista em Maresias ou, quem sabe, tocar bongô na Benedito Calixto aos sábados e na praça do Bixiga aos domingos.

Não tem como se estressar com uma vida dessa, sabe? É só você e a vida, sem conta pra pagar, sem nego te enchendo o saco e um eventual caso com um surfista pra quem você tinha troco pra dar e resolveu pagar com amor. Só isso que eu peço. É muito? Pode ser agora? Eu posso querer fritas como acompanhamento?

Ainda vou esperar um pouquinho antes de virar hippie de vez. Acho que posso me acostumar com o jeito de viver, mesmo que tenha que fazer uns ajustes pra minha vida, como tomar banho e manter outros aspectos da higiene pessoal em dia, e comer carne também, né.

Acho que, em suma, o que eu queria mesmo era poder sair caminhando por aí, sem me preocupar com o que eu tenho que fazer amanhã, ou como está a minha conta bancária. Viver de pequenos bicos de boa, e quem sabe ter um cachorro chamado Toddynho, um companheiro de aventuras.

Bom, por hoje é só.

Vou ali devolver um filme na locadora...

...

Babacas Futebol Clube



Hello, hello, baby you called i can't hear a thing...

Sabe? Conheço muitas meninas que idealizam desde menininhas o seu príncipe encantado. "Ai, eu quero que ele seja fofo, romântico e tenha um cavalo branco que cague bolinhas de sabão com aroma de sorvete de morango". Eu nunca me dei ao trabalho de ficar imaginando caras perfeitos ou escolhendo a dedo partidos engomados. Simplismente por que, no fundo, todos são iguais: o fofo e o cafajeste.

Não sei se eu fui treinada durante 20 anos pelo meu irmão mau-caráter (mentira, meninas, ele é um amor) ou eu não assisti filmes da Disney suficientes. Mas é sério. Pensa só, caras perfeitinhos são ZICA e ponto final. Todo mundo pisa na bola, não adianta - e isso serve pro time das meninas também - todo mundo fode o relacionamento em algum momento.

Mas o que acontece quando o seu príncipe fofo e encatado acaba com sua vida e faz você chorar e querer matar ele? Você se decepciona! Por que você nunca pensou que ele, envolto naquele aroma refrescante de frutas vermelhas iria fazer aquilo com você.

E quando aquele pingunço-cafajeste-pilantra faz o mesmo? Você fica puta. Mas você fica puta e fala "eu sabia, bem que minha mãe avisou que você não prestava". Raiva é muito mais legal que decepção. Você vai lá, esbulacha ele e fica tudo bem e parte pra outro cafajeste. Mas com o cara fofinho não tem jeito. Você quer bicar a cara dele até a morte, mas aí ele vem e faz uma cara de pônei arrependido e dá a patinha, e você acredita que vai ficar tudo bem.

Por isso, meninas, aqui vai o conselho: sempre opte pelo errado ao duvidoso.


ps: Post patrocinado por Melloni e Cadelão. Brinks.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pegou, pegou?


Luis, me dá um PF caprichado! Se tiver dois quilos de carne, dá pra vinte comer?

Estávamos nós: Eu, Melloni e Maria, voltando para a Cásper após um cansativo dia de gravações - opa, vida de artista! - quando uma música tocou no rádio.

"O jeito é dá uma fugidinha com você,
O jeito é dar uma fugida com você
Se você quer saber o que vai acontecer
Primeiro a gente foge, depois a gente vê"

Eu particularmente sinto vontade de chorar e amar, e chorar e amar mais um pouco quando eu ouço essa música. Sei lá por quê! Rola uma coisa muito bonita no tom de voz do cara e a letra toca fundo na emoção. Afinal de contas, quem não curte uma fugidinha, né?

Acontece que entrou em pauta a questão do "duplo sentido" da canção, pois, segundo Melloni, ao se cantar "fugidinha" pode-se compreender outra coisa (pensem aí, não é difícil). A partir disso, começamos a falar sobre uma outra musica que possui o mesmo objetivo.

Como aquela "talco no salão, talco no salão, pro forró ficar cheiroso e ter mais animação" ou então a clássica "seu Cuca é eu". Não preciso nem falar das músicas do É o Tchan, porque depois que me abriram os olhos pra tantas coisas que eram ditas nas canções que embalaram minha infância, eu fiquei numa bad cabulosa. Mas passou. Tá tudo bem agora.

Mamonas eram os reis do duplo sentido, ou até mesmo do sentido mais direto e único do mundo, até porque não é sempre que se pode cantar com toda a vontade do mundo que você foi convidado pra uma suruba, mas, devido a compromissos, mandou sua mulher no lugar e ela voltou sem uma teta depois de conhecer um negão.

Eu poderia citar milhares de outras músicas que seguem essa linha, falando de pirulitos, de roscas, de marca de fogão e afins, mas acabaria sendo longo e demorado. Poderia também citar piadinhas - como a que eu fiz no início - que deixam qualquer clima meio pesado na vergonha alheia, mas isso fica pra outro dia.

Então, eu deixo pra vocês decidirem se a "fugidinha" entra no hall das músicas que você canta quando criança achando que não é nada demais, mas depois descobre que tá falando de uma menina que não conseguiu segurar o seu "tchan" e depois de nove meses teve que cuidar de um pirralhinho de pai ausente e ralar na boquinha da garrafa pra sustentar a casa.


Ah, como era bom!


Fala, garota! Fala, garoto! (serginhogroisman)

Hoje eu estava lá, parada no 715-M Largo da Pólvora/Jd. Maria Luiza, a caminho da bela Casperê Liberô, e por lá fiquei durante deliciosas duas horas. Qualquer um ficaria puto! E eu fiquei, mas não sem antes absorver como foi rica a experiência de observar o comportamento alheio.

Enquanto uma moça ria histericamente ao celular, um cara cochilava do seu lado e uma menina ouvia pagode alto lá na frente. E muitas outras coisas aconteciam. Entre elas, uma garota que se maquiava e falava freneticamente com a menina do lado.

"Preciso chegar logo! É aniversário do Anderson*, e imagina se eu vou chegar lá desse jeito? Cheirando a ônibus ainda!" e a outra concordava com a cabeça, muito simpática com a crise existencial da companheira de coletivo. Afinal de contas, vai fazer o quê, né?
(*nome fictício, porque eu não lembro)

E isso me fez pensar: como as coisas eram mais simples antigamente, não? Vendo fotos de família, por exemplo, consegui reforçar ainda mais o meu ponto. Se bem que pode ser que as pessoas realmente se preocupassem com a aparência antes e minha família que era formada por mendigos por vontade própria e bicheiros wannabe.

Meu aniversário de sei lá quantos anos: minha mãe com um moletom BEGE desses que você usa de domingo, quando tá bem frio, e aí você sai com ele porque deu aquela vontade de comer uma bomba de chocolate da padaria e você tá com preguiça de se trocar, sabe? Aquele manchado de cândida. Isso, esse mesmo. Quem riu tem.

Hoje em dia, se eu falar pra ela que vou de moletom em uma festa de aniversário, o máximo que eu ganho é desprezo, seguido de uma chinelada na cara. Assim, sem cerimônia! "Onde já se viu se vestir desse jeito?" Hum... não sei, talvez nas suas fotos de 20 anos atrás?

Deveria usar esse argumento todas as vezes que eu penso em sair de casa e nego me NOTA, me MIRA, me MEDE e fala: "É isso que você vai vestir?" Não, não... isso é o que eu visto aqui em casa mesmo, porque quando eu chego na rua, eu tiro. Minha verdadeira roupa é minha pele!

PORRA! Não enche meu saco a não ser que você seja uma pessoa sem falha alguma na moral vestuária, a não ser que você seja alguém que nunca usou pochete, boné de time de basquete americano ou meia 3/4 amarela, assim, porque achava bonito. Não preciso ouvir nada de alguém que já se vestiu como a Olivia Newton John em "Physical" ou como Mc Hammer.

Tudo bem que na época deles isso era estilo total. Até aí, Xuxa vestia uns shorts brancos que vinham até o peito, com botas também brancas e cabelo amarrado pra cima, e era um arraso. Hoje, se você sai assim na rua, tem nego da Universal querendo te usar no "Fala que eu te escuto".

Olha, tenho saudades da época que eu saía de camiseta do Patolino e chinelo e ninguém me olhava como se eu fosse o fantasma do Mário Covas.

Saudades da época que meu pai passava o natal de bermuda e regata e mesmo assim todo mundo era feliz.


Descendo até o chão



Salve, salve, galera da nave big brother!

Sabe, eu não sei se a Luciana Gimenez tem muitos telespectadores assíduos, mas uma coisa eu tenho certeza: meu pai é um deles. Ele ADORA uma baixaria. Incrível. E ainda faz questão de ficar chamando quem tiver perto pra ir lá dividir aquele momento rico com ele. Não importa se tá tocando "late, late, late que eu to passando...", ele coloca no último volume e não adianta falar coisas do tipo: "poxa, cadê o bom exemplo, pai?", ele vai responder "eu quero ver a popozudas".

E pelo visto todo mundo quer ver as popozudas.

Eu não sou das mais cults, adoro ler umas tranqueiras, não sei nada de ninguém decente e to sempre nos blogs de fofoca. Mas o Superpop é muito tenso. MANO. As minas tavam batendo boca, falando do silicone de uma, da celulite da outra e dava cinco minutos e passa o mesmo vt que já tinha passado outras 5 vezes anunciando que a Valeska Popozuda ia equilibar o copo no bundão dela ou outro com a Beyonce Brasileira explicando o que é TecnoBrega ou sei lá como chama aquilo que ela tava dançando.

Incrível como é fácil fazer um programa na TV aberta. Incrível como é fácil fazer o Superpop. Mas uma coisa eu confesso: super seria amiga da Luciana. Vai achando que ela é boba. Cria intriga, fica tirando uma aqui outra ali. Folga com as entrevistadas, é mulher do dono e recebe pensão do Mick Jagger. Poxa, em menos de cinco minutos, ela falou um "Thanks for sharing, Valeska" e um "O que? Ela te chamou de vulgar?" - do nada!

Te mete com Gimenez

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sorrindo pra vida



Luiiiiiiiiiiiiiis, traz uma pinga que eu preciso relaxar!

Seguindo a onda da saúde bucal, que nossa colega iniciou, venho aqui trazer meu depoimento dentário. Sabe? Não quero ser metida nem nada, ma eu curto meus dentes. Eles são lá meio branquinhos, certinhos, arrumadinhos - há quem diga que sejam um pouco grandinhos -, enfim tão dando mais do que pro gasto.

E eu curto tanto eles, porque eu nunca tive que usar aparelho. Graças a deus. "Ai, que sorte a sua. Usei aparelho durante 32 anos e meu molar é meio torto. E as vezes eu ponho umas ferraduras pra durmir". É não é bem por aí. Cada um tem uma história triste e essa é a minha.

Quando eu era chiquita, com meus 5 belos e bem vividos aninhos eu tive que ir no dentista arrancar meus dois dentinhos de leite da frente. Porque os cretinos estavam firmes como rocha, enquanto os permanentes nasciam atrás. Só que, caro leitor, veja que revés do destino: minha dentista estava de licença maternidade e me mandou na amiga carniceira dela.

Essa vaca de jaleco não teve paciência com pequena moi - eu não queria deixar ela me dar injeção - e ela foi lá e arrancou NA MÃO e no sangue frio, só na pomadinha. Surtei. Nunca mais quis voltar no dentista. Só que, a vida, sempre muito brincalhona, fez com que eu tivesse que voltar no dentista não mais uma vez, mas 30 vezes! (eu não sei quantos dentes a gente tem na boca, mas é isso, faz a conta). Nenhum dos meus dentes de leite amolecia e eu sempre tinha que voltar na tortura. Agora já com a minha dentista, que teve que segurar o meu rojão.

Você tem que ser uma pessoa muito ruim pra ser dentista. Mano, é muito sádico. Porra, você usa coisas chamadas BOTICÃO. Você arranca dentes, mano. Isso é tenso. Odeio cheiro de dentista, só de pensar eu quero desmaiar e sinto ânsia de vômito nas pernas. Horrível. Ai, pronto. Desabafei, posso seguir a minha vida agora. Espero nunca mais ter que voltar no dentista. Okay, eu vou lá as vezes, mas como eu lavo meus dentes com ácido pra não ter cáries e nem dar motivo pra ninguém relar na minha boca, nunca mais aconteceu nada.

Por hora, ainda tenho um dente do siso restante. Mas que, graças ao meu coração puro, ainda não tive que arrancar. Sério. Eu prefiro parir um bebê elefante pelo nariz do que arrancar um dente do siso. Quando eu arranquei um deles, eu surtei tanto no dentista e chorei tanto e causei tanto que eu faltei uma semana no colégio de tão abalada que eu fiquei.

True story.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Da série: Lição Rá-Tim-Bum

Ouça o Ratinho e escove bem os seus dentes diariamente, após todas as refeições e sempre antes de dormir e assim que acordar. Caso contrário, você será como Wander Wildner: talentoso, bom no violão, reconhecido no mundo da música (em certa época), porém, com um sorriso TENSO.


Né?


Beijo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pois é...


Mocidade!

Como vão? Bien?

Falar de cinema é um bagulho que eu gosto de fazer. E gosto mais ainda de falar de filme que provavelmente geral não vai gostar - embora eu pense que esse é exceção.

Não vou falar muito da película. Deixarei o trailer exemplificar e mostrar o que o filme tem pra oferecer. Vou deixar pra opinar sobre o que passa na historia. Um casal. A menina chega pro cara e diz que vai embora e faz uma proposta: uma hora para eles conversarem sobre o relacionamento antes dela partir de vez. E assim vai.

É uma sequência de pequenas coisinhas clichês, e outras bastante engraçadas. O filme tem um humor inteligente - graças ao cara e a alguns coadjuvantes - e é fácil de assistir. Sem contar que fala diretamente com a nossa geração - é cheio de referências.

O que faz eu curtir muito é o assunto tratado. Por aí há várias pessoas que tem que lidar com alguém indo embora. Seja pelo que for, a partida de alguém sempre é meio dolorosa. Eu mesma não curto me despedir de quem tá indo ali, na padoca, imagina pra ir embora de verdade - e pra longe.

Assim como dizem que, quando vocês está prestes a morrer, passa um filminho das coisas mais marcantes da sua vida na sua mente, quando alguém vai embora, é impossível não rolar um flashback de tudo que foi bacana, de todos os momentos meio embaraçosos que te fizeram querer morrer, e tudo mais. E o mais engraçado é que, você só nota o quanto entendia daquela pessoa quando começa a falar dela para os outros.

"Se fulano tivesse aqui, surtava! Ele detesta gente folgada na fila do caixa", "ah, se ela visse isso, ia fazer cara de nojo e falaria que ia vomitar em você! Esse tipo de coisa ela leva muito a sério", "certeza que se ele estivesse aqui, já teria comido tudo que tem na mesa. Parecia que o cara dormia amarrado toda noite!", e etc.

O bacana fica em pensar nessas coisas e em como se "aprende" sobre os outros em pouco tempo, e quando esse conhecimento todo vira "inútil", você passa a ser um conhecedor de alguém que está longe, mas que um dia aí pode aparecer, ou que você pode encontrar em qualquer lugar.

Essa é a graça, entende? Todo o seu conhecimento guardado ainda vai servir pra alguma coisa... Nunca se sabe quem vai estar na esquina quando você estiver voltando do mercado, nem quem vai ligar no seu celular na hora do filme, e nem quem vai aparecer no seu prédio e tocar seu interfone, bem na hora que vocês estiver entrando no banho.

Percebe? Pois é.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Da série: sabedoria milenar


"Filho, quando você participa de eventos esportivos, não importa vencer ou perder, e sim o quão bêbado você fica"
Homer Simpson

domingo, 8 de agosto de 2010

Who's your daddy?


Opa! Firme?

Hoje é domingo - pé de cachimbo - e eu odeio. Odeio domingo, e se não falei disso aqui, alguém mais deve ter falado. E sabe outra coisa que eu odeio no domingo? Duas vezes por ano é pior do que o normal: dia das mães e, como hoje, dia dos pais.

Não vou ser hipócrita. Assim como todas as datas (Natal, Páscoa, dia do Índio), o Dia dos Pais era muito legal quando eu era criança. E continuava sendo bacaninha enquanto meu pai estava presente. Porém, já não é mais. Pra quem tem o pai do lado, ou mesmo que more longe mas que é bacana, aposto que esse dia ainda pode ter algum significado. Já para aqueles que, como eu, os perderam, ou então filhos de pais totalmente ausentes, distantes, frios e babacas, é um dia inútil.

O que eu quero expressar aqui é só meu desgosto pra esse dia, em especial, como o das Mães. A pretensão, como sempre, é reunir a família em um almoção de domingo, onde estarão todos contentes, brindarão, darão "VIVA!" aos pais e trocarão presentes. Não, isso não acontece.

Como a noite de Natal - para muitos - esse tipo de data é símbolo de discórdia, briga, gritos, socos na mesa e cara feia all day long. Nada contra a família nem o pai de ninguém. Ó, longe de mim! Mas eu aposto um braço que é verdade isso, pra maioria.

Sinceramente, hoje em dia, essa data tem zero significado pra mim, e fico contente que tenha ainda pra muita gente, e gostaria ainda de viver aquela alegria bonitinha da infância, da surpresa pro cara, da ansiedade do momento de dar "bom dia", e coisas do tipo. Mas já foi. Eu não faço mais parte do público consumidor. Eu não interesso. Tampouco os outros iguais a mim.

Honestamente também não sou adepta do "todo dia é dia do pai", "todo dia é dia da mulher", e etc., mas acho importante ressaltar que uma data dessas mais fere - no meu caso - do que alegra. Pensava nisso no colégio, quando rolava aquela hora de "vamos fazer um presente pro papai/mamãe". Rolava um desconforto de vários coleguinhas - e a tristeza de muitos - e o discurso tinha que mudar pra "presente pro papai/mamãe/vovó/vovô/responsável".

A data eu detesto, a intenção malígna e comercial também. Aqueles que realmente acham bacana comemorar e ter um dia só pra eles, eu admiro. Quanto ao meu pai... Bem, eu o presenteei enquanto pude, e hoje em dia eu penso nele todos os dias. O amanhã tem outra cara, depois passa. Como tudo. Tem muita coisa boa pra lembrar, um dia só não seria o suficiente.

O que eu espero agora é que ele tenha curtido também todos os dias que foram DELE, como pai.

Sei que ninguém perguntou também, mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser - me processa! -, inclusive desabafos desnecessários.

Voltando...

Espero que o meu pai tenha curtido o melhor presente que eu acho que dei pra ele. E que eu sei que ele vai usar pra sempre. Nada mais do que uma gravata. Vista daqui do meu quarto, pela janela. Uma gravata vinho, jogada no canto da quadra do prédio, que deve ter voado por alguma janela e veio parar na minha mão. Dali, foi pra uma caixa, com um papel de presente e um cartãozinho: "Achei no chão! Feliz dia dos Pais!"

=)

Análise religiosa


Solucionei muitos conflitos religiosos sobre a existência de Deus ou de algo poderoso que vive acima de todos nós.

É simples: se aparece nos Simpsons, existe.

Beijos

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pegar carona nessa cauda de cometa

Mas que deleite voltar à escrever no blog - e na vida! Posso dizer com firmeza que o PPP voltou das férias muito mais profundo e filosófico (ha-ha). Com certeza, as calles* do mundo nos ensinaram muito e agora estamos aqui para repassar essa sabedoria adquirida nos últimos dias.

Até por que, não é todo dia que se pode conversar sobre política e economia de países de terceiro mundo com um traficante argentino, chamado Hernan, em plena praça pública. Tudo isso regado à muita tequila Distrito Federal - 8 reais -, a mais pura de todas. A tequila que te transforma em diplomata. Faz você falar diversas línguas.

Agora, não sei se é a idade ou a empolgação causada por substâncias químicas alojadas no organismo após quase três anos na bela Cásper Líbero, mas me invade uma grande vontade de jogar tudo pro alto, colocar uma mochilinha nas costas e preparar o dedão pra pedir caronas e cair no mundo.

E olha, ta aí uma coisa que eu sempre quis fazer da minha vida! Dar uma escapada, sabe? Cantar Cruisin' com a Gwyneth Paltrow e aquele cara peludo, ou então entrar em um conversível com a Britney Spears e suas amigas de infância, parar em um bar de estrada e ganhar uns dólares cantando I Love Rock'n'Roll.

Afinal de contas, quem nunca quis isso, né, gente?

Quero ainda beber cerveja em continentes diferentes, estados - espirituais e físicos - diferentes, ficar bêbada em idiomas diversos, falar sobre paz e vegetarianos com, sei lá, uma cafetina da Guatemala. Coisas que vão realmente mudar o meu ser.

Um dia aí, quem sabe? Quem tá comigo? Anybody? No?

* ruas, em espanhol

Da série: uma imagem vale mais do que mil palavras

Algumas coisas nunca mudam



Ai, Luis... me traz um guaraná, porque eu não bebo mais!

Depois da nossa sentida ausência nesse enlouquecido blog, Carol e yo estamos de volta. Claro, porque ninguém aqui lembra dos outros dois folgados participantes, que não se dão nem ao trabalho de sei lá, postar uma foto... um video! Acabou a Copa e ninguém falou nada. Em breve farei um post sobre isso.

Mas, vamos agora as mudanças: um tempo longe de casa, você pensa que vai voltar e tudo vai ser diferente e que tudo mudou... mas não, alguma coisa não aconteceu. Sabe porque? Porque a sua mãe vai tá sempre ali, te lembrando o porque você curte tanto essa tal liberdade perdida.

Mãe tem um talento especial pra criticar, e pra arranjar coisas pra te dar um sermão. Que seu cabelo é um lixo, que você parece um cachorro, que você tá gorda, que seu quarto é um chiqueiro e que seus sapatos não são dignos de gente.

Aí, quando você pensa que tudo acabou, você toma uma lição de moral, as 6 horas da manhã, por causa de um ovo quente. Afinal de contas, se você não avisa a tempo dela colocar os dois ovos ao mesmo tempo na água pra cozinhar, você não tá pronta pra vida. Tem que aprender a ser gente! Assim não dá mais, Ana Maria!

Chupa esse ovo.

Back to Black


Tem pó no blog, sabe?

Faz uns seis anos que ninguém posta aqui, o bagulho tá jogado às traças, uma vergonha para os milhões de leitores ansiosos. Na verdade, como eu sei que, no máximo, umas três pessoas - contando comigo - vão ler isso, nem vou escrever algo relevante.

Ana Maria y yo passamos um mês fora, praticamente, na doce e fria Argentina, e agora que estamos de volta não queremos mais nada da vida, a não ser fanfarrear ao som de um belo tango (not). Mas rola esse espírito do mal que toma conta da gente e nos faz querer ir pra todos os lugares do mundo, vivendo à base de um dinheiro magicamente depositado em nossas contas e de pequenos trabalhos esporádicos.

Pero, como ninguém aqui é milionário, nem vive no primeiro mundo, onde o seu dinheiro vale mais do que o de todo mundo - tirando aquela parte tensa do Leste Europeu -, uma hora a gente tem que voltar pra fucking realidade de busão a R$ 2,70, trânsito, faculdade e falta de emprego decente.

Vontade de fazer as coisas SOBRA, né? Mas daí pra poder fazer, é um longo caminho...

Problema agora é ter que pensar em TCC, em arrumar trabalho, em ter uma vida decente, deixar família com orgulho - e não mais com vergonha e/ou desgosto -, conseguir ser um bom cidadão, ler livros, ver filmes, reciclar, plantar árvores, amar os animais, dirigir sem falar palavrão e sem atropelar motoqueiro - difícil.

Ah, a verdade é que depois que você sai e faz uma coisa assim, tipo viajar, sair de perto da rotina e de tudo, quando volta, tudo parece uma grande bosta! Bate aquela depressão pós-divertimento sem fim, e você sonha em ser, sei lá, Jack Johnson, que é rico, vive surfando, tocando violão e viajando pelo mundo pra... bem, surfar e tocar violão.

Podia rolar um time out depois de férias, um intervalinho pra você sentar e assistir um pouquinho as coisas acontecendo, manja? Não é bem não participar das coisas que acontecem ou fugir de responsabilidades, mas simplesmente deixar pra ver o que passa se você só der um pulinho fora.

Custa nada, né?

Pronto, acho que um pouco do pó foi removido... Vou trabalhar nas teias de aranha.


domingo, 4 de julho de 2010

Da série: A arte de fazer amigos


Hola, como estás querido blogueto!

Hoje vou falar de uma mística há muito tempo esquecida: a arte de fazer amigos. Todos acham que á muito simples construir amizades, sá procurar aqueles com mais afinidade ou continuar convivendo com outros que cresceu junto e a vida impôs a sua amizade.

Mas nao é bem por aí. Amigos nao se medem em espaço de tempo, em quantidade e, sim, em qualidade. Nao é por que você conhece alguém desde o maternal que ele é seu amigo. Talvez quem você conheceu há um mês na fila do dog pode ser o seu melhor companheiro e nem ter se dado conta disso.

Amigos sao capazes de ficar longos minutos em silêncio sem se importar, dividir experiências únicas e sempre aprimorar a amizade. Intimidade existe para ser quebrada. Afinal, nunca se sabe quando voce vai vomitar rosbife na frente dele ou dividir suas agonias no momento da cólica intestinal.

Amigos vem e vao. Sao passageiros. Algumas amizades sao justamente especiais pelo pequeno espaço de tempo que duraram. É sempre bom estar aberto às novas oportunidades e encontros da vida. Quando se fecha a cara e anda de cabeça baixa, você perde chances de talvez encontrar um amigo até mesmo na rua.

Por isso, fique esperto. Um grande amigo está sempre escondido por aí: na promoçao da balada, no trabalho perdido, na fila da biblioteca ou na agonia da madrugada. Afinal, todos precisam de alguém para segurar a porta do banheiro, em um momento de aperto.

ps.: desculpe a falta de acentos. problemas técnicos de localizaçao.