domingo, 22 de agosto de 2010

Nova Série: Seu TOP


Quero estrear uma nova série maravilhosa em nosso blog não menos maravilhoso falando sobre uma nova forma de tratamento psicológico, que provavelmente muita gente já conhecia e vai achar que é uma babaquice eu estar falando aqui agora como se fosse uma grande novidade.

Pra essa galera eu digo: foda-se.

Duas coisas que combinam MUITO: carros e música.

Portanto, se um dia você estiver triste, deprimido, nervoso, puto da vida, virado no jiraya, com vontade de socar alguém, dar uma bica na cara do seu chefe, empurrar sua namorada ou seu namorado de uma escada e fazer parecer um acidente, por favor, pense duas vezes, pegue as chaves do carro - ou um carro - e saia dirigindo loucamente com o rádio no último volume.

Garanto que você volta - se voltar - novinho em folha! Ou, no mínimo, menos frustrado.

Para ilustrar o post e fazer jus ao nome da série, aqui vai o top 3 clipes com carros - poderia chamar essa série de "trinca de ases" mas a Rádio Gazeta FM (a primeira!) iria me processar. E fica melhor mesmo sendo "seu top" pra que todos possam fazer "top" quantas coisas quiser.

Número 3 - Jamiroquai - Cosmic Girl
Para curtir uma corridinha de buenas com carros que custam mais do que a sua vida


Número 2 - The Cult - Painted on My Heart (do filme "60 Segundos)
Para curtir quando se stá na companhia de Angelina Jolie e/ou Nicolas Cage roubando carros importados, de buenas também. Numa relax, numa tranquila, numa boa.


Número 1 - Red Hot Chili Peppers - Scar Tissue
Para curtir uma road trip todo fodido, sujo e estraçalhado, mas sem perder o charme e na ÓTIMA companhia de Kiedis, Chad, Flea e John.


Ai, Deus! Espera aí, gente! Vou tirar o Fiestinha da garagem!

Ah! Convido todos a escolherem seus "top clipes com carros" também!

Vou ali comprar cigarro...



Paz, galera!

Olha, cheguei a conclusão de que algumas pessoas são geniais. Algumas, né. Uma delas é a que inventou a ideia de que "se tudo der errado, eu viro hippie". Não tô dizendo que tudo deu errado pra mim, mas eu já tô quase virando hippie. E isso não tem nada a ver com o fato de que eu ainda não tomei banho hoje e meu cabelo tá de dar DÓ, não. Acontece que chega uma hora em que não dá mais.

Tudo parece problema, saca? Cacete! Bons eram os tempos em que os problemas dos homens eram algumas geleiras que se aproximavam demais da terra ou dinossauros famintos escapando de um parque temático.

Hoje é aquela historia de ter que arrumar um emprego e ganhar dinheiro pra pagar uma faculdade que não se importa com você. Afinal de contas, caso se importasse, não deixaria rombos no banheiro, por onde pode passar um gorila; muito menos te colocaria em uma sala de aula que ferve no verão e congela no inverno... entre outras coisas.

Você também tem que ser inteligente, saber falar sobre música, filmes, política, economia, guerra na Zâmbia, ataque no Rio, festa em Gramado, natureza no Tibet, tecnologia japonesa e - porra! -fingir que não curte BBB e não sabe o que é o "Créu" - e que nunca tentou atingir a velocidade 5.

E se você é mulher, ainda tem que estar sempre bonita, arrumada, ser interessante e se preocupar em não ficar gorda e arrumar uma desculpa pra não ter que discutir sua dita "vida amorosa" com tias intrometidas em almoços de domingo em família. Sem contar os já citados "príncipes encantados" do caralho que fodem a sua vida, fazendo você procurar um cafajeste com quem você jamais terá um futuro digno, a não ser que seu ícone seja , sei lá, Joana Machado, a louca ex de Adriano.

Tudo isso é demais pra uma pessoa aguentar, então, vira e mexe, dá aquela vontade falar: "galerá, tô indo ali comprar um cigarro e já venho...", e antes mesmo de ouvir argumentos como "mas você não fum...", bater a porta e não voltar NUNCA MAIS. Ir morar na praça, criar esquilos, vender tornozeleira pra surfista em Maresias ou, quem sabe, tocar bongô na Benedito Calixto aos sábados e na praça do Bixiga aos domingos.

Não tem como se estressar com uma vida dessa, sabe? É só você e a vida, sem conta pra pagar, sem nego te enchendo o saco e um eventual caso com um surfista pra quem você tinha troco pra dar e resolveu pagar com amor. Só isso que eu peço. É muito? Pode ser agora? Eu posso querer fritas como acompanhamento?

Ainda vou esperar um pouquinho antes de virar hippie de vez. Acho que posso me acostumar com o jeito de viver, mesmo que tenha que fazer uns ajustes pra minha vida, como tomar banho e manter outros aspectos da higiene pessoal em dia, e comer carne também, né.

Acho que, em suma, o que eu queria mesmo era poder sair caminhando por aí, sem me preocupar com o que eu tenho que fazer amanhã, ou como está a minha conta bancária. Viver de pequenos bicos de boa, e quem sabe ter um cachorro chamado Toddynho, um companheiro de aventuras.

Bom, por hoje é só.

Vou ali devolver um filme na locadora...

...

Babacas Futebol Clube



Hello, hello, baby you called i can't hear a thing...

Sabe? Conheço muitas meninas que idealizam desde menininhas o seu príncipe encantado. "Ai, eu quero que ele seja fofo, romântico e tenha um cavalo branco que cague bolinhas de sabão com aroma de sorvete de morango". Eu nunca me dei ao trabalho de ficar imaginando caras perfeitos ou escolhendo a dedo partidos engomados. Simplismente por que, no fundo, todos são iguais: o fofo e o cafajeste.

Não sei se eu fui treinada durante 20 anos pelo meu irmão mau-caráter (mentira, meninas, ele é um amor) ou eu não assisti filmes da Disney suficientes. Mas é sério. Pensa só, caras perfeitinhos são ZICA e ponto final. Todo mundo pisa na bola, não adianta - e isso serve pro time das meninas também - todo mundo fode o relacionamento em algum momento.

Mas o que acontece quando o seu príncipe fofo e encatado acaba com sua vida e faz você chorar e querer matar ele? Você se decepciona! Por que você nunca pensou que ele, envolto naquele aroma refrescante de frutas vermelhas iria fazer aquilo com você.

E quando aquele pingunço-cafajeste-pilantra faz o mesmo? Você fica puta. Mas você fica puta e fala "eu sabia, bem que minha mãe avisou que você não prestava". Raiva é muito mais legal que decepção. Você vai lá, esbulacha ele e fica tudo bem e parte pra outro cafajeste. Mas com o cara fofinho não tem jeito. Você quer bicar a cara dele até a morte, mas aí ele vem e faz uma cara de pônei arrependido e dá a patinha, e você acredita que vai ficar tudo bem.

Por isso, meninas, aqui vai o conselho: sempre opte pelo errado ao duvidoso.


ps: Post patrocinado por Melloni e Cadelão. Brinks.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pegou, pegou?


Luis, me dá um PF caprichado! Se tiver dois quilos de carne, dá pra vinte comer?

Estávamos nós: Eu, Melloni e Maria, voltando para a Cásper após um cansativo dia de gravações - opa, vida de artista! - quando uma música tocou no rádio.

"O jeito é dá uma fugidinha com você,
O jeito é dar uma fugida com você
Se você quer saber o que vai acontecer
Primeiro a gente foge, depois a gente vê"

Eu particularmente sinto vontade de chorar e amar, e chorar e amar mais um pouco quando eu ouço essa música. Sei lá por quê! Rola uma coisa muito bonita no tom de voz do cara e a letra toca fundo na emoção. Afinal de contas, quem não curte uma fugidinha, né?

Acontece que entrou em pauta a questão do "duplo sentido" da canção, pois, segundo Melloni, ao se cantar "fugidinha" pode-se compreender outra coisa (pensem aí, não é difícil). A partir disso, começamos a falar sobre uma outra musica que possui o mesmo objetivo.

Como aquela "talco no salão, talco no salão, pro forró ficar cheiroso e ter mais animação" ou então a clássica "seu Cuca é eu". Não preciso nem falar das músicas do É o Tchan, porque depois que me abriram os olhos pra tantas coisas que eram ditas nas canções que embalaram minha infância, eu fiquei numa bad cabulosa. Mas passou. Tá tudo bem agora.

Mamonas eram os reis do duplo sentido, ou até mesmo do sentido mais direto e único do mundo, até porque não é sempre que se pode cantar com toda a vontade do mundo que você foi convidado pra uma suruba, mas, devido a compromissos, mandou sua mulher no lugar e ela voltou sem uma teta depois de conhecer um negão.

Eu poderia citar milhares de outras músicas que seguem essa linha, falando de pirulitos, de roscas, de marca de fogão e afins, mas acabaria sendo longo e demorado. Poderia também citar piadinhas - como a que eu fiz no início - que deixam qualquer clima meio pesado na vergonha alheia, mas isso fica pra outro dia.

Então, eu deixo pra vocês decidirem se a "fugidinha" entra no hall das músicas que você canta quando criança achando que não é nada demais, mas depois descobre que tá falando de uma menina que não conseguiu segurar o seu "tchan" e depois de nove meses teve que cuidar de um pirralhinho de pai ausente e ralar na boquinha da garrafa pra sustentar a casa.


Ah, como era bom!


Fala, garota! Fala, garoto! (serginhogroisman)

Hoje eu estava lá, parada no 715-M Largo da Pólvora/Jd. Maria Luiza, a caminho da bela Casperê Liberô, e por lá fiquei durante deliciosas duas horas. Qualquer um ficaria puto! E eu fiquei, mas não sem antes absorver como foi rica a experiência de observar o comportamento alheio.

Enquanto uma moça ria histericamente ao celular, um cara cochilava do seu lado e uma menina ouvia pagode alto lá na frente. E muitas outras coisas aconteciam. Entre elas, uma garota que se maquiava e falava freneticamente com a menina do lado.

"Preciso chegar logo! É aniversário do Anderson*, e imagina se eu vou chegar lá desse jeito? Cheirando a ônibus ainda!" e a outra concordava com a cabeça, muito simpática com a crise existencial da companheira de coletivo. Afinal de contas, vai fazer o quê, né?
(*nome fictício, porque eu não lembro)

E isso me fez pensar: como as coisas eram mais simples antigamente, não? Vendo fotos de família, por exemplo, consegui reforçar ainda mais o meu ponto. Se bem que pode ser que as pessoas realmente se preocupassem com a aparência antes e minha família que era formada por mendigos por vontade própria e bicheiros wannabe.

Meu aniversário de sei lá quantos anos: minha mãe com um moletom BEGE desses que você usa de domingo, quando tá bem frio, e aí você sai com ele porque deu aquela vontade de comer uma bomba de chocolate da padaria e você tá com preguiça de se trocar, sabe? Aquele manchado de cândida. Isso, esse mesmo. Quem riu tem.

Hoje em dia, se eu falar pra ela que vou de moletom em uma festa de aniversário, o máximo que eu ganho é desprezo, seguido de uma chinelada na cara. Assim, sem cerimônia! "Onde já se viu se vestir desse jeito?" Hum... não sei, talvez nas suas fotos de 20 anos atrás?

Deveria usar esse argumento todas as vezes que eu penso em sair de casa e nego me NOTA, me MIRA, me MEDE e fala: "É isso que você vai vestir?" Não, não... isso é o que eu visto aqui em casa mesmo, porque quando eu chego na rua, eu tiro. Minha verdadeira roupa é minha pele!

PORRA! Não enche meu saco a não ser que você seja uma pessoa sem falha alguma na moral vestuária, a não ser que você seja alguém que nunca usou pochete, boné de time de basquete americano ou meia 3/4 amarela, assim, porque achava bonito. Não preciso ouvir nada de alguém que já se vestiu como a Olivia Newton John em "Physical" ou como Mc Hammer.

Tudo bem que na época deles isso era estilo total. Até aí, Xuxa vestia uns shorts brancos que vinham até o peito, com botas também brancas e cabelo amarrado pra cima, e era um arraso. Hoje, se você sai assim na rua, tem nego da Universal querendo te usar no "Fala que eu te escuto".

Olha, tenho saudades da época que eu saía de camiseta do Patolino e chinelo e ninguém me olhava como se eu fosse o fantasma do Mário Covas.

Saudades da época que meu pai passava o natal de bermuda e regata e mesmo assim todo mundo era feliz.


Descendo até o chão



Salve, salve, galera da nave big brother!

Sabe, eu não sei se a Luciana Gimenez tem muitos telespectadores assíduos, mas uma coisa eu tenho certeza: meu pai é um deles. Ele ADORA uma baixaria. Incrível. E ainda faz questão de ficar chamando quem tiver perto pra ir lá dividir aquele momento rico com ele. Não importa se tá tocando "late, late, late que eu to passando...", ele coloca no último volume e não adianta falar coisas do tipo: "poxa, cadê o bom exemplo, pai?", ele vai responder "eu quero ver a popozudas".

E pelo visto todo mundo quer ver as popozudas.

Eu não sou das mais cults, adoro ler umas tranqueiras, não sei nada de ninguém decente e to sempre nos blogs de fofoca. Mas o Superpop é muito tenso. MANO. As minas tavam batendo boca, falando do silicone de uma, da celulite da outra e dava cinco minutos e passa o mesmo vt que já tinha passado outras 5 vezes anunciando que a Valeska Popozuda ia equilibar o copo no bundão dela ou outro com a Beyonce Brasileira explicando o que é TecnoBrega ou sei lá como chama aquilo que ela tava dançando.

Incrível como é fácil fazer um programa na TV aberta. Incrível como é fácil fazer o Superpop. Mas uma coisa eu confesso: super seria amiga da Luciana. Vai achando que ela é boba. Cria intriga, fica tirando uma aqui outra ali. Folga com as entrevistadas, é mulher do dono e recebe pensão do Mick Jagger. Poxa, em menos de cinco minutos, ela falou um "Thanks for sharing, Valeska" e um "O que? Ela te chamou de vulgar?" - do nada!

Te mete com Gimenez

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sorrindo pra vida



Luiiiiiiiiiiiiiis, traz uma pinga que eu preciso relaxar!

Seguindo a onda da saúde bucal, que nossa colega iniciou, venho aqui trazer meu depoimento dentário. Sabe? Não quero ser metida nem nada, ma eu curto meus dentes. Eles são lá meio branquinhos, certinhos, arrumadinhos - há quem diga que sejam um pouco grandinhos -, enfim tão dando mais do que pro gasto.

E eu curto tanto eles, porque eu nunca tive que usar aparelho. Graças a deus. "Ai, que sorte a sua. Usei aparelho durante 32 anos e meu molar é meio torto. E as vezes eu ponho umas ferraduras pra durmir". É não é bem por aí. Cada um tem uma história triste e essa é a minha.

Quando eu era chiquita, com meus 5 belos e bem vividos aninhos eu tive que ir no dentista arrancar meus dois dentinhos de leite da frente. Porque os cretinos estavam firmes como rocha, enquanto os permanentes nasciam atrás. Só que, caro leitor, veja que revés do destino: minha dentista estava de licença maternidade e me mandou na amiga carniceira dela.

Essa vaca de jaleco não teve paciência com pequena moi - eu não queria deixar ela me dar injeção - e ela foi lá e arrancou NA MÃO e no sangue frio, só na pomadinha. Surtei. Nunca mais quis voltar no dentista. Só que, a vida, sempre muito brincalhona, fez com que eu tivesse que voltar no dentista não mais uma vez, mas 30 vezes! (eu não sei quantos dentes a gente tem na boca, mas é isso, faz a conta). Nenhum dos meus dentes de leite amolecia e eu sempre tinha que voltar na tortura. Agora já com a minha dentista, que teve que segurar o meu rojão.

Você tem que ser uma pessoa muito ruim pra ser dentista. Mano, é muito sádico. Porra, você usa coisas chamadas BOTICÃO. Você arranca dentes, mano. Isso é tenso. Odeio cheiro de dentista, só de pensar eu quero desmaiar e sinto ânsia de vômito nas pernas. Horrível. Ai, pronto. Desabafei, posso seguir a minha vida agora. Espero nunca mais ter que voltar no dentista. Okay, eu vou lá as vezes, mas como eu lavo meus dentes com ácido pra não ter cáries e nem dar motivo pra ninguém relar na minha boca, nunca mais aconteceu nada.

Por hora, ainda tenho um dente do siso restante. Mas que, graças ao meu coração puro, ainda não tive que arrancar. Sério. Eu prefiro parir um bebê elefante pelo nariz do que arrancar um dente do siso. Quando eu arranquei um deles, eu surtei tanto no dentista e chorei tanto e causei tanto que eu faltei uma semana no colégio de tão abalada que eu fiquei.

True story.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Da série: Lição Rá-Tim-Bum

Ouça o Ratinho e escove bem os seus dentes diariamente, após todas as refeições e sempre antes de dormir e assim que acordar. Caso contrário, você será como Wander Wildner: talentoso, bom no violão, reconhecido no mundo da música (em certa época), porém, com um sorriso TENSO.


Né?


Beijo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pois é...


Mocidade!

Como vão? Bien?

Falar de cinema é um bagulho que eu gosto de fazer. E gosto mais ainda de falar de filme que provavelmente geral não vai gostar - embora eu pense que esse é exceção.

Não vou falar muito da película. Deixarei o trailer exemplificar e mostrar o que o filme tem pra oferecer. Vou deixar pra opinar sobre o que passa na historia. Um casal. A menina chega pro cara e diz que vai embora e faz uma proposta: uma hora para eles conversarem sobre o relacionamento antes dela partir de vez. E assim vai.

É uma sequência de pequenas coisinhas clichês, e outras bastante engraçadas. O filme tem um humor inteligente - graças ao cara e a alguns coadjuvantes - e é fácil de assistir. Sem contar que fala diretamente com a nossa geração - é cheio de referências.

O que faz eu curtir muito é o assunto tratado. Por aí há várias pessoas que tem que lidar com alguém indo embora. Seja pelo que for, a partida de alguém sempre é meio dolorosa. Eu mesma não curto me despedir de quem tá indo ali, na padoca, imagina pra ir embora de verdade - e pra longe.

Assim como dizem que, quando vocês está prestes a morrer, passa um filminho das coisas mais marcantes da sua vida na sua mente, quando alguém vai embora, é impossível não rolar um flashback de tudo que foi bacana, de todos os momentos meio embaraçosos que te fizeram querer morrer, e tudo mais. E o mais engraçado é que, você só nota o quanto entendia daquela pessoa quando começa a falar dela para os outros.

"Se fulano tivesse aqui, surtava! Ele detesta gente folgada na fila do caixa", "ah, se ela visse isso, ia fazer cara de nojo e falaria que ia vomitar em você! Esse tipo de coisa ela leva muito a sério", "certeza que se ele estivesse aqui, já teria comido tudo que tem na mesa. Parecia que o cara dormia amarrado toda noite!", e etc.

O bacana fica em pensar nessas coisas e em como se "aprende" sobre os outros em pouco tempo, e quando esse conhecimento todo vira "inútil", você passa a ser um conhecedor de alguém que está longe, mas que um dia aí pode aparecer, ou que você pode encontrar em qualquer lugar.

Essa é a graça, entende? Todo o seu conhecimento guardado ainda vai servir pra alguma coisa... Nunca se sabe quem vai estar na esquina quando você estiver voltando do mercado, nem quem vai ligar no seu celular na hora do filme, e nem quem vai aparecer no seu prédio e tocar seu interfone, bem na hora que vocês estiver entrando no banho.

Percebe? Pois é.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Da série: sabedoria milenar


"Filho, quando você participa de eventos esportivos, não importa vencer ou perder, e sim o quão bêbado você fica"
Homer Simpson

domingo, 8 de agosto de 2010

Who's your daddy?


Opa! Firme?

Hoje é domingo - pé de cachimbo - e eu odeio. Odeio domingo, e se não falei disso aqui, alguém mais deve ter falado. E sabe outra coisa que eu odeio no domingo? Duas vezes por ano é pior do que o normal: dia das mães e, como hoje, dia dos pais.

Não vou ser hipócrita. Assim como todas as datas (Natal, Páscoa, dia do Índio), o Dia dos Pais era muito legal quando eu era criança. E continuava sendo bacaninha enquanto meu pai estava presente. Porém, já não é mais. Pra quem tem o pai do lado, ou mesmo que more longe mas que é bacana, aposto que esse dia ainda pode ter algum significado. Já para aqueles que, como eu, os perderam, ou então filhos de pais totalmente ausentes, distantes, frios e babacas, é um dia inútil.

O que eu quero expressar aqui é só meu desgosto pra esse dia, em especial, como o das Mães. A pretensão, como sempre, é reunir a família em um almoção de domingo, onde estarão todos contentes, brindarão, darão "VIVA!" aos pais e trocarão presentes. Não, isso não acontece.

Como a noite de Natal - para muitos - esse tipo de data é símbolo de discórdia, briga, gritos, socos na mesa e cara feia all day long. Nada contra a família nem o pai de ninguém. Ó, longe de mim! Mas eu aposto um braço que é verdade isso, pra maioria.

Sinceramente, hoje em dia, essa data tem zero significado pra mim, e fico contente que tenha ainda pra muita gente, e gostaria ainda de viver aquela alegria bonitinha da infância, da surpresa pro cara, da ansiedade do momento de dar "bom dia", e coisas do tipo. Mas já foi. Eu não faço mais parte do público consumidor. Eu não interesso. Tampouco os outros iguais a mim.

Honestamente também não sou adepta do "todo dia é dia do pai", "todo dia é dia da mulher", e etc., mas acho importante ressaltar que uma data dessas mais fere - no meu caso - do que alegra. Pensava nisso no colégio, quando rolava aquela hora de "vamos fazer um presente pro papai/mamãe". Rolava um desconforto de vários coleguinhas - e a tristeza de muitos - e o discurso tinha que mudar pra "presente pro papai/mamãe/vovó/vovô/responsável".

A data eu detesto, a intenção malígna e comercial também. Aqueles que realmente acham bacana comemorar e ter um dia só pra eles, eu admiro. Quanto ao meu pai... Bem, eu o presenteei enquanto pude, e hoje em dia eu penso nele todos os dias. O amanhã tem outra cara, depois passa. Como tudo. Tem muita coisa boa pra lembrar, um dia só não seria o suficiente.

O que eu espero agora é que ele tenha curtido também todos os dias que foram DELE, como pai.

Sei que ninguém perguntou também, mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser - me processa! -, inclusive desabafos desnecessários.

Voltando...

Espero que o meu pai tenha curtido o melhor presente que eu acho que dei pra ele. E que eu sei que ele vai usar pra sempre. Nada mais do que uma gravata. Vista daqui do meu quarto, pela janela. Uma gravata vinho, jogada no canto da quadra do prédio, que deve ter voado por alguma janela e veio parar na minha mão. Dali, foi pra uma caixa, com um papel de presente e um cartãozinho: "Achei no chão! Feliz dia dos Pais!"

=)

Análise religiosa


Solucionei muitos conflitos religiosos sobre a existência de Deus ou de algo poderoso que vive acima de todos nós.

É simples: se aparece nos Simpsons, existe.

Beijos

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pegar carona nessa cauda de cometa

Mas que deleite voltar à escrever no blog - e na vida! Posso dizer com firmeza que o PPP voltou das férias muito mais profundo e filosófico (ha-ha). Com certeza, as calles* do mundo nos ensinaram muito e agora estamos aqui para repassar essa sabedoria adquirida nos últimos dias.

Até por que, não é todo dia que se pode conversar sobre política e economia de países de terceiro mundo com um traficante argentino, chamado Hernan, em plena praça pública. Tudo isso regado à muita tequila Distrito Federal - 8 reais -, a mais pura de todas. A tequila que te transforma em diplomata. Faz você falar diversas línguas.

Agora, não sei se é a idade ou a empolgação causada por substâncias químicas alojadas no organismo após quase três anos na bela Cásper Líbero, mas me invade uma grande vontade de jogar tudo pro alto, colocar uma mochilinha nas costas e preparar o dedão pra pedir caronas e cair no mundo.

E olha, ta aí uma coisa que eu sempre quis fazer da minha vida! Dar uma escapada, sabe? Cantar Cruisin' com a Gwyneth Paltrow e aquele cara peludo, ou então entrar em um conversível com a Britney Spears e suas amigas de infância, parar em um bar de estrada e ganhar uns dólares cantando I Love Rock'n'Roll.

Afinal de contas, quem nunca quis isso, né, gente?

Quero ainda beber cerveja em continentes diferentes, estados - espirituais e físicos - diferentes, ficar bêbada em idiomas diversos, falar sobre paz e vegetarianos com, sei lá, uma cafetina da Guatemala. Coisas que vão realmente mudar o meu ser.

Um dia aí, quem sabe? Quem tá comigo? Anybody? No?

* ruas, em espanhol

Da série: uma imagem vale mais do que mil palavras

Algumas coisas nunca mudam



Ai, Luis... me traz um guaraná, porque eu não bebo mais!

Depois da nossa sentida ausência nesse enlouquecido blog, Carol e yo estamos de volta. Claro, porque ninguém aqui lembra dos outros dois folgados participantes, que não se dão nem ao trabalho de sei lá, postar uma foto... um video! Acabou a Copa e ninguém falou nada. Em breve farei um post sobre isso.

Mas, vamos agora as mudanças: um tempo longe de casa, você pensa que vai voltar e tudo vai ser diferente e que tudo mudou... mas não, alguma coisa não aconteceu. Sabe porque? Porque a sua mãe vai tá sempre ali, te lembrando o porque você curte tanto essa tal liberdade perdida.

Mãe tem um talento especial pra criticar, e pra arranjar coisas pra te dar um sermão. Que seu cabelo é um lixo, que você parece um cachorro, que você tá gorda, que seu quarto é um chiqueiro e que seus sapatos não são dignos de gente.

Aí, quando você pensa que tudo acabou, você toma uma lição de moral, as 6 horas da manhã, por causa de um ovo quente. Afinal de contas, se você não avisa a tempo dela colocar os dois ovos ao mesmo tempo na água pra cozinhar, você não tá pronta pra vida. Tem que aprender a ser gente! Assim não dá mais, Ana Maria!

Chupa esse ovo.

Back to Black


Tem pó no blog, sabe?

Faz uns seis anos que ninguém posta aqui, o bagulho tá jogado às traças, uma vergonha para os milhões de leitores ansiosos. Na verdade, como eu sei que, no máximo, umas três pessoas - contando comigo - vão ler isso, nem vou escrever algo relevante.

Ana Maria y yo passamos um mês fora, praticamente, na doce e fria Argentina, e agora que estamos de volta não queremos mais nada da vida, a não ser fanfarrear ao som de um belo tango (not). Mas rola esse espírito do mal que toma conta da gente e nos faz querer ir pra todos os lugares do mundo, vivendo à base de um dinheiro magicamente depositado em nossas contas e de pequenos trabalhos esporádicos.

Pero, como ninguém aqui é milionário, nem vive no primeiro mundo, onde o seu dinheiro vale mais do que o de todo mundo - tirando aquela parte tensa do Leste Europeu -, uma hora a gente tem que voltar pra fucking realidade de busão a R$ 2,70, trânsito, faculdade e falta de emprego decente.

Vontade de fazer as coisas SOBRA, né? Mas daí pra poder fazer, é um longo caminho...

Problema agora é ter que pensar em TCC, em arrumar trabalho, em ter uma vida decente, deixar família com orgulho - e não mais com vergonha e/ou desgosto -, conseguir ser um bom cidadão, ler livros, ver filmes, reciclar, plantar árvores, amar os animais, dirigir sem falar palavrão e sem atropelar motoqueiro - difícil.

Ah, a verdade é que depois que você sai e faz uma coisa assim, tipo viajar, sair de perto da rotina e de tudo, quando volta, tudo parece uma grande bosta! Bate aquela depressão pós-divertimento sem fim, e você sonha em ser, sei lá, Jack Johnson, que é rico, vive surfando, tocando violão e viajando pelo mundo pra... bem, surfar e tocar violão.

Podia rolar um time out depois de férias, um intervalinho pra você sentar e assistir um pouquinho as coisas acontecendo, manja? Não é bem não participar das coisas que acontecem ou fugir de responsabilidades, mas simplesmente deixar pra ver o que passa se você só der um pulinho fora.

Custa nada, né?

Pronto, acho que um pouco do pó foi removido... Vou trabalhar nas teias de aranha.