segunda-feira, 4 de junho de 2012

insANA

Eu tenho uma amiga cuja identidade eu vou deixar preservada aqui nesta postagem (a imagem acima é dela, e a tarja é para não revelar quem é). A gente se conhece há alguns anos, e com o passar do tempo eu notei que ela tem uma personalidade muito peculiar. Nós nos damos bem, mas brigamos umas 18 vezes por dia, sempre por algo extremamente estúpido. Na boa, é muito idiotice. Algo inocente que começa com um mero "nossa, parece que vai chover", por alguma espécie de magia negra acaba com algo tipo "vai tomar no cu, depois não sabe por que tá desempregada".

E sim, nós CONTINUAMOS amigas. Esse é o mistério. Nego já me acordou no tapa, e eu já apontei o dedo na cara dela e falei coisas de um jeito que eu jamais fiz antes! Muitas vezes eu penso que a gente vai acabar se matando, numa coisa meio duelo de faroeste, dando 5 passos pra frente e virando para apertar o gatilho. Ou então estilo Clube da Luta - se pá a gente é a mesma pessoa e no final de tudo a gente explode a cidade. Vai saber! Só sei que a base gardenal da amizade já está se esgotando.

Quantas vezes nós estávamos ali, vivendo pacificamente, dando risada, sendo jovens, adorando a Cristo e DO NADA ela ficava puta. Ih, rapaz. Aí ela ria histericamente, tossia, ria mais um pouco, ficava num vermelhaço, respirava fundo, suspirava e continuava a vida. Saca o Jack Nicholson em "O Iluminado"? Muitas vezes eu temo que ela vá aparecer com um machado na mão gritando "HERE'S JOHNNY!" e acabando com a minha vida. Porém, preciso ser justa: sou parcialmente responsável por essa bipolaridade. Eu sou meio que o capeta. Eu provoco, provoco, provoco, dou um tempo, provoco um pouco mais e saio correndo. Mas é porque é MUITO legal. Talvez eu tenha algum tipo de probleminha também... talvez. E no fundo eu acho que sem essa insanidade toda as coisas não seriam tão legais assim.

A vida ia ser chata se nego nunca tivesse gritado comigo na rua porque eu sumi e nem deixei dinheiro pro táxi. Ou talvez tudo seria meio monótono se não tivesse uma pessoa maluca pra morder o meu braço só pra me fazer esquecer de uma dor no estômago. E imagina só como as minhas histórias seriam chatas para meus netos, se eu não pudesse falar sobre o dia em que a amiga da vovó atropelou ela dando ré no carro, enfiou o guarda-chuva no seu olho ou então bateu com um stick de frango na cara dela durante um jogo do Brasil na Copa.

É, realmente, tomara que continue assim.

2 comentários:

  1. Que lindas! :) AMODORO ESTA DUPLA

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  2. não tivesse uma pessoa maluca pra morder o meu braço só pra me fazer esquecer de uma dor no estômago- haushiahsuihaiushiau meuuu deuus!!!

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