domingo, 18 de setembro de 2011

Me soooooolta, vida!



"Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television. Choose washing machines, cars, compact disc players, and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol and dental insurance. Choose fixed- interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisure wear and matching luggage. Choose a three piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing sprit- crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing you last in a miserable home, nothing more than an embarrassment to the selfish, fucked-up brats you have spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life... But why would I want to do a thing like that?"

Isso basicamente resume o que eu tenho escutado nos últimos tempos. E o questionamento final é o que eu tenho pensado também, nesses mesmo últimos tempos. Por que raios eu tenho que escolher tantas coisas tão rápido? Por que tudo tem que acontecer na hora que as pessoas falam? Por que minha vida vai por água abaixo se eu não tiver um emprego? Por que eu tenho que me sentir mal por ser uma pessoa solteira? Por que eu tenho que parecer um peixe fora d'água quando eu preciso comprar roupas e elas foram feitas para a Barbie? Finalmente, por que eu preciso viver a vida que todo mundo diz que é boa, mas que na verdade não significa nada pra mim? Por que eu não posso simplesmente fazer o que eu quero sem que alguém venha me julgar ou me lembrar de que isso não é uma coisa boa?

Talvez eu tenha assistido muita televisão e agora eu acho que todo mundo merecer curtir a vida adoidado, sem se preocupar onde vai dar, sonhando com o dia em que dará um golpe de mestre e ficará milionário, ou então que entrará para a máfia e poderá viver de armas e canollis.  A sensação que eu tenho é que sonhar hoje em dia é ridículo, a não ser que se sonho seja trabalhar para poder passar o resto da vida escravo de um salário, pensando em contas para pagar, IPTU, IPVA, ver seus filhos como mais um item no boleto bancário, aquele que um dia foi o amor da sua vida sendo agora seu companheiro na luta contra o cheque-especial e lamentar, tomando uma cerveja, tudo aquilo que você deixou de fazer para garantir um bom futuro.

Eu não quero que isso aconteça comigo. Mas ao mesmo tempo, sou cuzona, gente! Muito cuzona, porque eu  me deixo levar por algumas dessas preocupações e fico paranoica pensando que talvez eu deva fazer parte dessa enorme convenção social que se tornou a vida. E penso: será que sou só eu? Com certeza não! O que me parece é que a maioria das pessoas da minha idade fingem que tá tudo muito bom, tá tudo muito bem. Não as vejo sequer questionar a situação. Isso me deixa intrigada. Será que é falta de maturidade? Tipo: "Pobre Carolina, tinha medo de crescer e não conseguiu a vida que todos almejam". Sinceramente, eu não sei a vida que eu quero levar, mas sei exatamente qual eu não quero. Acho que isso já é alguma coisa...

No momento, eu quero mesmo é ver um bom filme, para adicionar a minha lista de fantasias, junto com virar jedi, viver na natureza selvagem, fazer uma viagem porra louca para a Europa e estudar uns anos em Hogwarts - entre outros.

Um comentário:

  1. eu me sinto da mesma forma e não acho que tudo esteja bem. tá tudo muito confuso neste momento e isso me estressa. estou nesse barco com vc.

    ResponderExcluir