quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Causos da pinga

Bons dias!
Já passou das 10h30 então eu posso falar de uma coisa muito POLÊMICA: bebida.
Não me refiro à água, nem suco de tamarindo. Falo de goró, cachaça, molhar o bico, de entornar, tomar uma, molhar a guela, entre outras coisas. Por favor, amigos, não me entendam mal! Isso não é um ode ao alcoolismo, e sim uma celebração à bebida, que beleza, pode fazer muito mal - mas quando não faz, ah, é pura alegria!

Me sinto no direito de falar sobre isso porque até os meus 19 anos, eu não bebia. Nada de nada, achava que cerveja fedia ou sei lá - isso vindo de nego que já bebeu ÁGUA DE CIMENTO - e mesmo já tendo bebido alguma coisa aqui e ali, não era familiarizada com o doce sabor da desinibição. Todos diziam "espera você entrar na faculdade pra ver se não começa a beber", e eu retrucava: "Bitch, please, eu tenho personalidade!" Pois é, não tenho. Tá, personalidade eu até tenho, o que não sobrou mais é moral. No primeiro ano da Cásper eu ficava louca de Sukita - believe me, acontece até hoje -, até que comecei com uma vodkazinha aqui, tequilinha lá, até que cheguei na cerveja e, menina, o trem descarrilhou.

Não fedia, e era muito melhor e mais saudável do que a água de cimento. Juro. E mais, não só eu deixava de ser tão tímida e antissocial - coisa que sempre fui -, mas as pessoas também deixavam de ser chatas, insuportáveis, um pé-no-saco, burras e, principalmente e perigosamente, deixavam de ser tão feias. É claro que existem pessoas que não reagem bem ao álcool e acabam se exaltando, bancando o Theo Becker, querendo dar mini-voadora em todo mundo. Mas esses daí a gente espera desmaiar de sono, desenha um pinto na cara, tira umas fotos, ameaça botar na internet e nego fica pianinho - aliás, acho que esse é o melhor tipo de "rehab", porque o medo de que acontece de novo, faz a galera ficar na seca por livre e espontânea vontade.



Aliás, vou dizer que a melhor parte da bebida é o que ela faz as pessoas fazerem. Sério, posso dizer com certeza absoluta que algumas das histórias mais memoráveis da minha vida aconteceram quando havia pessoas bêbadas envolvidas, tanto eu quanto os meus amigos. Não vou nem começar pelo número de caridades que a gente faz quando bebe. Já vi amigo meu pegar menina tão feia, que se tivesse montado num cavalo e com uma espada na mão, galera ia achar que era São Jorge. Sob o efeito de bebidas especiais, já tive aulas sobre retórica num vagão de metrô da Linha Vermelha; fui derrubada por um cara de 30kg em plena Vila Madalena; ouvi nego fazer declaração de amor pra privada; galera mostrando a nova prótese de silicone pro pessoal; já discuti praticamente o sentido da vida, EM INGLÊS, depois de beber uma tequila de 8 reais; já fiquei rica, corri atrás de fusca, falei pras pessoas que as amava, já briguei, brigaram comigo; caí da escada uma vez na balada - mas essa foi porque eu sou burra mesmo.

Curiosamente, eu não me lembro de muitas das vezes em que alguma coisa aconteceu, mas o dia seguinte é sempre interessante. Eu, por exemplo, jamais volto pra casa sem algum tipo de "souvenir", seja um objeto, tipo maracas, um boneco do Shrek, um hematoma, um chapéu, enfim. Muitas vezes, vocês está lá deitado, prometendo para todos os santos que NUNCA MAIS VAI BEBER, e flashes da noite anterior passam pela sua cabeça: você no banheiro com pessoas, momentos de puro embaraço, aquela merda que você disse, aquela polêmica que viu nego criando, e todas as outras histórias sempre sensacionais que escuta. Ai, gente, no fim das contas é um sofrimento, mas que vale muito a pena depois, além de dar pano pra manga.

Bem sábio aquele que um dia disse que "quem não bebe, não tem história". Luiz, deixa a minha pra amanhã, porque é sexta-feira, dia de "receber o Brad Pitt".


Um comentário:

  1. "espera você entrar na faculdade pra ver se não começa a beber", e eu retrucava: "Bitch, please, eu tenho personalidade!" Pois é, não tenho. Tá, personalidade eu até tenho, o que não sobrou mais é moral...

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    AMEI LER ISSO.... U_U

    FE

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