quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sensível demais




Luis, é hoje. É hoje. Me segura que eu vou despirocar!

Dia de JUCA é sempre um dia de muitas reflexões. Se engana quem pensa que esse evento épico é apenas cerveja e putaria. Não, não! Sabe, podem me julgar, mas pra mim nada vai bater o significado que Harry Potter tem na minha vida. O livro, obviamente, por que eu acho os filmes bem zuadinhos até. Mas é uma coisa foda, porque marcou muito uma fase. Nada vai superar aquela sensação de ler pela primeira vez, descobrir os segredos da história madrugadas adentro. Eu sei, é tosco. Mas é verdade. Era um momento só meu, em que eu podia fugir pra esse mundo de bruxarias e vilanias. E tudo começou despretensiosamente, comecei a ler sem imaginar do que se tratava e virou o que virou. E a Cásper é mais ou menos o meu Harry Potter acadêmico.

Lembro exatamente do dia que passei na Cásper: a lista saiu um pouco mais cedo do horário programado, e meu nome estava lá na 23ª posição. Dei uma surtadinha louca junto com a minha mãe e a ansiedade começou. Não fazia ideia do que ia ser, o que eu ia fazer... Muito menos se queria ser jornalista. Mas a Cásper foi tipo aqueles amores arrebatadores! Aquele cara mais velho que seus pais não querem que você namore: e eles não queriam. Briguei muito pela Cásper - ela não era boa companhia. Ficava me levando pra lugares estranhos e me dava bebida. Ensinava coisas novas e eu ia perdendo o ar de menina. Meu irmão saía com a gente pra fiscalizar... Esse tal de Cásper ia de fato me desencaminhar.

E desencaminho. Fugi com a Cásper e nós vivemos uma louca história de amor. A gente se iludiu um com o outro, riu, caiu, vibrou! Me ensinou muitas coisas - não no sentido realmente acadêmico da coisa -, fiz excelentes amigos e momentos dignos de piada. Claro que tivemos a nossas crises, contestei todo aquela paixão... Mas a loucura amadureceu e virou amor. Hoje eu vejo que foi certo ter fugido, e me sinto tranquila. Sou realmente como aquelas garotas que saíram de casa com o badboy, sem saber o que queria da vida. Hoje, quatro anos depois, espero minha primeira gestação (não percam Histórias de Cangalha, numa loUcadora perto de você) que deverá chegar ao fim em meados de novembro. E ao olhar pra trás, vou ter certeza: faria tudo de novo, pois valeu a pena!


E vamo bebe!!

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