domingo, 8 de agosto de 2010

Who's your daddy?


Opa! Firme?

Hoje é domingo - pé de cachimbo - e eu odeio. Odeio domingo, e se não falei disso aqui, alguém mais deve ter falado. E sabe outra coisa que eu odeio no domingo? Duas vezes por ano é pior do que o normal: dia das mães e, como hoje, dia dos pais.

Não vou ser hipócrita. Assim como todas as datas (Natal, Páscoa, dia do Índio), o Dia dos Pais era muito legal quando eu era criança. E continuava sendo bacaninha enquanto meu pai estava presente. Porém, já não é mais. Pra quem tem o pai do lado, ou mesmo que more longe mas que é bacana, aposto que esse dia ainda pode ter algum significado. Já para aqueles que, como eu, os perderam, ou então filhos de pais totalmente ausentes, distantes, frios e babacas, é um dia inútil.

O que eu quero expressar aqui é só meu desgosto pra esse dia, em especial, como o das Mães. A pretensão, como sempre, é reunir a família em um almoção de domingo, onde estarão todos contentes, brindarão, darão "VIVA!" aos pais e trocarão presentes. Não, isso não acontece.

Como a noite de Natal - para muitos - esse tipo de data é símbolo de discórdia, briga, gritos, socos na mesa e cara feia all day long. Nada contra a família nem o pai de ninguém. Ó, longe de mim! Mas eu aposto um braço que é verdade isso, pra maioria.

Sinceramente, hoje em dia, essa data tem zero significado pra mim, e fico contente que tenha ainda pra muita gente, e gostaria ainda de viver aquela alegria bonitinha da infância, da surpresa pro cara, da ansiedade do momento de dar "bom dia", e coisas do tipo. Mas já foi. Eu não faço mais parte do público consumidor. Eu não interesso. Tampouco os outros iguais a mim.

Honestamente também não sou adepta do "todo dia é dia do pai", "todo dia é dia da mulher", e etc., mas acho importante ressaltar que uma data dessas mais fere - no meu caso - do que alegra. Pensava nisso no colégio, quando rolava aquela hora de "vamos fazer um presente pro papai/mamãe". Rolava um desconforto de vários coleguinhas - e a tristeza de muitos - e o discurso tinha que mudar pra "presente pro papai/mamãe/vovó/vovô/responsável".

A data eu detesto, a intenção malígna e comercial também. Aqueles que realmente acham bacana comemorar e ter um dia só pra eles, eu admiro. Quanto ao meu pai... Bem, eu o presenteei enquanto pude, e hoje em dia eu penso nele todos os dias. O amanhã tem outra cara, depois passa. Como tudo. Tem muita coisa boa pra lembrar, um dia só não seria o suficiente.

O que eu espero agora é que ele tenha curtido também todos os dias que foram DELE, como pai.

Sei que ninguém perguntou também, mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser - me processa! -, inclusive desabafos desnecessários.

Voltando...

Espero que o meu pai tenha curtido o melhor presente que eu acho que dei pra ele. E que eu sei que ele vai usar pra sempre. Nada mais do que uma gravata. Vista daqui do meu quarto, pela janela. Uma gravata vinho, jogada no canto da quadra do prédio, que deve ter voado por alguma janela e veio parar na minha mão. Dali, foi pra uma caixa, com um papel de presente e um cartãozinho: "Achei no chão! Feliz dia dos Pais!"

=)

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