terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pegou, pegou?


Luis, me dá um PF caprichado! Se tiver dois quilos de carne, dá pra vinte comer?

Estávamos nós: Eu, Melloni e Maria, voltando para a Cásper após um cansativo dia de gravações - opa, vida de artista! - quando uma música tocou no rádio.

"O jeito é dá uma fugidinha com você,
O jeito é dar uma fugida com você
Se você quer saber o que vai acontecer
Primeiro a gente foge, depois a gente vê"

Eu particularmente sinto vontade de chorar e amar, e chorar e amar mais um pouco quando eu ouço essa música. Sei lá por quê! Rola uma coisa muito bonita no tom de voz do cara e a letra toca fundo na emoção. Afinal de contas, quem não curte uma fugidinha, né?

Acontece que entrou em pauta a questão do "duplo sentido" da canção, pois, segundo Melloni, ao se cantar "fugidinha" pode-se compreender outra coisa (pensem aí, não é difícil). A partir disso, começamos a falar sobre uma outra musica que possui o mesmo objetivo.

Como aquela "talco no salão, talco no salão, pro forró ficar cheiroso e ter mais animação" ou então a clássica "seu Cuca é eu". Não preciso nem falar das músicas do É o Tchan, porque depois que me abriram os olhos pra tantas coisas que eram ditas nas canções que embalaram minha infância, eu fiquei numa bad cabulosa. Mas passou. Tá tudo bem agora.

Mamonas eram os reis do duplo sentido, ou até mesmo do sentido mais direto e único do mundo, até porque não é sempre que se pode cantar com toda a vontade do mundo que você foi convidado pra uma suruba, mas, devido a compromissos, mandou sua mulher no lugar e ela voltou sem uma teta depois de conhecer um negão.

Eu poderia citar milhares de outras músicas que seguem essa linha, falando de pirulitos, de roscas, de marca de fogão e afins, mas acabaria sendo longo e demorado. Poderia também citar piadinhas - como a que eu fiz no início - que deixam qualquer clima meio pesado na vergonha alheia, mas isso fica pra outro dia.

Então, eu deixo pra vocês decidirem se a "fugidinha" entra no hall das músicas que você canta quando criança achando que não é nada demais, mas depois descobre que tá falando de uma menina que não conseguiu segurar o seu "tchan" e depois de nove meses teve que cuidar de um pirralhinho de pai ausente e ralar na boquinha da garrafa pra sustentar a casa.


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