domingo, 22 de agosto de 2010

Vou ali comprar cigarro...



Paz, galera!

Olha, cheguei a conclusão de que algumas pessoas são geniais. Algumas, né. Uma delas é a que inventou a ideia de que "se tudo der errado, eu viro hippie". Não tô dizendo que tudo deu errado pra mim, mas eu já tô quase virando hippie. E isso não tem nada a ver com o fato de que eu ainda não tomei banho hoje e meu cabelo tá de dar DÓ, não. Acontece que chega uma hora em que não dá mais.

Tudo parece problema, saca? Cacete! Bons eram os tempos em que os problemas dos homens eram algumas geleiras que se aproximavam demais da terra ou dinossauros famintos escapando de um parque temático.

Hoje é aquela historia de ter que arrumar um emprego e ganhar dinheiro pra pagar uma faculdade que não se importa com você. Afinal de contas, caso se importasse, não deixaria rombos no banheiro, por onde pode passar um gorila; muito menos te colocaria em uma sala de aula que ferve no verão e congela no inverno... entre outras coisas.

Você também tem que ser inteligente, saber falar sobre música, filmes, política, economia, guerra na Zâmbia, ataque no Rio, festa em Gramado, natureza no Tibet, tecnologia japonesa e - porra! -fingir que não curte BBB e não sabe o que é o "Créu" - e que nunca tentou atingir a velocidade 5.

E se você é mulher, ainda tem que estar sempre bonita, arrumada, ser interessante e se preocupar em não ficar gorda e arrumar uma desculpa pra não ter que discutir sua dita "vida amorosa" com tias intrometidas em almoços de domingo em família. Sem contar os já citados "príncipes encantados" do caralho que fodem a sua vida, fazendo você procurar um cafajeste com quem você jamais terá um futuro digno, a não ser que seu ícone seja , sei lá, Joana Machado, a louca ex de Adriano.

Tudo isso é demais pra uma pessoa aguentar, então, vira e mexe, dá aquela vontade falar: "galerá, tô indo ali comprar um cigarro e já venho...", e antes mesmo de ouvir argumentos como "mas você não fum...", bater a porta e não voltar NUNCA MAIS. Ir morar na praça, criar esquilos, vender tornozeleira pra surfista em Maresias ou, quem sabe, tocar bongô na Benedito Calixto aos sábados e na praça do Bixiga aos domingos.

Não tem como se estressar com uma vida dessa, sabe? É só você e a vida, sem conta pra pagar, sem nego te enchendo o saco e um eventual caso com um surfista pra quem você tinha troco pra dar e resolveu pagar com amor. Só isso que eu peço. É muito? Pode ser agora? Eu posso querer fritas como acompanhamento?

Ainda vou esperar um pouquinho antes de virar hippie de vez. Acho que posso me acostumar com o jeito de viver, mesmo que tenha que fazer uns ajustes pra minha vida, como tomar banho e manter outros aspectos da higiene pessoal em dia, e comer carne também, né.

Acho que, em suma, o que eu queria mesmo era poder sair caminhando por aí, sem me preocupar com o que eu tenho que fazer amanhã, ou como está a minha conta bancária. Viver de pequenos bicos de boa, e quem sabe ter um cachorro chamado Toddynho, um companheiro de aventuras.

Bom, por hoje é só.

Vou ali devolver um filme na locadora...

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