terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pois é...


Mocidade!

Como vão? Bien?

Falar de cinema é um bagulho que eu gosto de fazer. E gosto mais ainda de falar de filme que provavelmente geral não vai gostar - embora eu pense que esse é exceção.

Não vou falar muito da película. Deixarei o trailer exemplificar e mostrar o que o filme tem pra oferecer. Vou deixar pra opinar sobre o que passa na historia. Um casal. A menina chega pro cara e diz que vai embora e faz uma proposta: uma hora para eles conversarem sobre o relacionamento antes dela partir de vez. E assim vai.

É uma sequência de pequenas coisinhas clichês, e outras bastante engraçadas. O filme tem um humor inteligente - graças ao cara e a alguns coadjuvantes - e é fácil de assistir. Sem contar que fala diretamente com a nossa geração - é cheio de referências.

O que faz eu curtir muito é o assunto tratado. Por aí há várias pessoas que tem que lidar com alguém indo embora. Seja pelo que for, a partida de alguém sempre é meio dolorosa. Eu mesma não curto me despedir de quem tá indo ali, na padoca, imagina pra ir embora de verdade - e pra longe.

Assim como dizem que, quando vocês está prestes a morrer, passa um filminho das coisas mais marcantes da sua vida na sua mente, quando alguém vai embora, é impossível não rolar um flashback de tudo que foi bacana, de todos os momentos meio embaraçosos que te fizeram querer morrer, e tudo mais. E o mais engraçado é que, você só nota o quanto entendia daquela pessoa quando começa a falar dela para os outros.

"Se fulano tivesse aqui, surtava! Ele detesta gente folgada na fila do caixa", "ah, se ela visse isso, ia fazer cara de nojo e falaria que ia vomitar em você! Esse tipo de coisa ela leva muito a sério", "certeza que se ele estivesse aqui, já teria comido tudo que tem na mesa. Parecia que o cara dormia amarrado toda noite!", e etc.

O bacana fica em pensar nessas coisas e em como se "aprende" sobre os outros em pouco tempo, e quando esse conhecimento todo vira "inútil", você passa a ser um conhecedor de alguém que está longe, mas que um dia aí pode aparecer, ou que você pode encontrar em qualquer lugar.

Essa é a graça, entende? Todo o seu conhecimento guardado ainda vai servir pra alguma coisa... Nunca se sabe quem vai estar na esquina quando você estiver voltando do mercado, nem quem vai ligar no seu celular na hora do filme, e nem quem vai aparecer no seu prédio e tocar seu interfone, bem na hora que vocês estiver entrando no banho.

Percebe? Pois é.


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