quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Síndrome do Ferris Bueller


Minha gente brasileira! Estava eu aqui cercada da empolgação frenética das pessoas, falando mil coisas sobre carnaval, festas, bebedeiras e loucuras sexuais, e fiz uma crítica observação sobre o comportamento da galera que mais parecia que tinha um cabo de 220v enfiado no rabo.

Todo mundo fala da tal "Síndrome do Peter Pan", sabe? Um cara barbudo, peludo, de quase trinta anos de idade e com um monte de conta pra pagar, mas que acha que vai ser criança pra sempre, morar com a mãe, e brincar de tazo (tá, seria muito da hora viver brincando com tazos, mas isso fica pra outro post). A "Síndrome do Ferris Bueller", criada por mim, agora há pouco, remete a uma galera que acha que todo dia é dia de curtir a vida adoidado. Não, pessoal. Não é bem assim! Verão é pra isso, fim-de-semana, carnaval, festa, zueira, putaria, malandragem, zona e casa de massagem - esses são lugares e situações pra uma boa ESBÓRNIA.

O problema não é a questão de diversão. Não. Não julgo quem curte ser feliz. Julgo quem acha que é OBRIGAÇÃO sair pra balada, curtir um batidão e voltar acabado pra casa, tendo que trabalhar no outro dia com cara de quem apanhou na Paulista, quando saía do Gloria. O lado que ninguém curte comentar é quando a balada cansa, é ruim ou não dá muito certo. Gente, é super ok você não ter ficado trilouco e pegado o segurança/a menina do bar numa loucura frenética. É ok. Fica tudo bem. Pode ficar tranquilo.

Pô, já detestei essa vida, hoje eu até curto. Mas tem gente que parece ter problema em passar um sábado a noite em casa, vendo Super Cine e indo dormir antes da o1 da manhã. Faz muito bem ficar em casa vendo "Vai dar Namoro" e fazendo cruzadinha.

O negócio é que às vezes você simplesmente não quer passar uma hora e meia na fila pra uma balada, nem pagar R$12 (calculando por baixo) pra beber um bagulho só porque tem nome diferente e brilha no escuro. Não precisa passar pela frustração de derrubarem bebida no seu pé, perderem sua bolsa ou até mesmo vomitarem do seu lado. Ah, sem contar o contato humano forçado pelo número de pessoas por metro quadrado. Tem muito cara babaca que enche o saco, menina feia que te persegue, música ruim, pé dolorido, calor insuportável, surdez e, muito pior ainda, uma ressaca, que nem é de bebida, mas sim consequência de uma noite dessas tipo "Férias Frustradas".

Ai, que saudade das festas da Cásper...

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