sábado, 29 de maio de 2010

Chefe de cu é rola


Xuxuzinhos!

Que belo sábado que nos beija com seus raios de sol, não? Não. Eu, pelo menos, estou entre quatro paredes - e não no bom sentido. Quatro paredes de um pequeno prédio na Barra Funda, ou melhor, na Várzea da Barra Funda.

Lembra quando você era pequeno e, quando ia para o Playcenter, pensava que era praticamente uma viagem, como ir à praia. Saía cedo. “É longe”, dizia sua mãe ou quem quer que estivesse com você. E parecia mesmo. Ficava em uma espécie de estrada do mal, longe da sua casa, e ônibus especiais existiam para te levar até lá.
Pois é. Hoje eu faço essa “viagem” todos os dias. E tenho como vista da minha mesinha humilde de estagiária, o famoso “elevador” do Playcenter. Toda hora que eu olho, ou tem pessoinhas subindo, ou caindo. É ótimo. Adoro mesmo. Uma loucura.

E é nesse ambiente bacanudo que eu passo seis horas por dia. E olha que eu gosto, é um lugar bom e um trabalho tranqüilo. Mas sabe o que atrapalha tudo isso absurdamente? A minha “chefe”. Não, não estou falando da dona da empresa, nem da editora-chefe da redação. Falo daquela espécie conhecida de “chefe”, aquele que manda só em vocêe acabou. Ele não manda em absolutamente nada, a não ser você. Na escala natural e hierárquica de trabalho, nós, estagiários ficamos na base, seguidos do pessoal da manutenção/limpeza, e aí pelo nosso “chefe”.

Esse tipo, que irei chamar de “pseudo-chefe” é que nem chifre. Se você não teve, ainda vai ter! Como ele não manda nada e tem sede por isso, quando a vista a presa (estagiário), voa na sua jugular e suga a alma da pobre criatura para poder se sentir melhor.

Pegar café, subir em cadeiras pra ligar ar-condicionado, ir na esquina comprar pão de queijo, fazer ligações desagradáveis, mentir para pessoas ao telefone, buscar correspondência, e muitas outras tarefinhas básicas são as preferidas dos “pseudo”. Nada os deixa mais felizes do que ter alguém lhes servindo pequenas idiotices.

O mais difícil é engolir alguém que sabe tanto quanto você – às vezes menos – te dando ordens imbecis como fazer relatórios sobre nada ou levar caixas de inutilidades pra lá e pra cá, só pra mostrar serviço. E enquanto isso, nossas mentes pensam no futuro, quando deixaremos o cargo mais desprezado do universo e chicotearemos nossos atuais pseudo-chefes malas!

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