domingo, 25 de abril de 2010

Ode à Doxa


Gostosuras!

Como estão vocês? Bem, hoje serei objetiva (not)! Mais do que nunca, estou toda trabalhada na prolixidade! E após um tranqüilo fim-de-semana, queria voltar a escrever aqui para vocês, meus docinhos de coco queimado!

Hoje vi "Atividade Paranormal" e devo dizer que, como cagona de plantão, dessas que tinha medo do Chucky e do Máskara (sim, medo do Máskara! Eu tinha 10 anos de idade e o cara era verde e transformava bexigas em metralhadoras! Sem contar aqueles dentes enormes e o formato do crânio dele que ficava exposto! Leave me alone!), eu não senti nem calafrio vendo esta obra "Bruxa de Blair" wannabe.

Só quero concluir minha pequena crítica dizendo: se a sua namorada está possuída pelo demônio, não fique correndo atrás dela com uma câmera, cara. Vai dar merda. E todo mundo sabe que todas nós ficamos possuídas pelo demônio pelo menos uma vez por mês.

Bem, não era isso que eu queria colocar em pauta hoje! Quero voltar no tempo, para 2008 - parece longe - em uma aula de Filosofia do meu primeiro ano na Cásper. Dimas, o professor (?) falava sobre doxa e alethea, conceitos de Platão (eu acho) sobre opinião e verdade, respectivamente. Eu e minhas colegas espirituosas conseguimos desenvolver conceitos muito bacanas sobre isso. Tentando lembrar de alethea, saiu "a leitoa", e em um momento de desespero, no dia da prova, foi proferida uma frase que ficaria para a posteridade: "Ai, me dá um copo de doxa com gelo" - se não me engano, Ana Maria recebe os créditos.

Resumindo, doxa se tornou, para nós, a marca de uma bebida alcoólica a ser inventada, e a leitoa (alethea) continuaria sendo a "verdade". No fim das contas, veio o slogan "A doxa entra, a leitoa sai". Pra quem não entendeu, eu faço uma pausa simbólica para que releia o texto e, como diria Raul, teeeente outra veeeez!

(...)


Ok? Continuando. Tudo isso foi dito para chegar no ponto alto do post: as verdades que dizemos quando bebemos!

Nada mais justo do que dizer que o álcool (não o de limpar mesa e acender churrasqueira) é uma poção do amor! Não só faz as pessoas estarem mais dispostas a amar (yeah, baby!), mas também as torna mais carinhosas, sentimentais, amáveis e emotivas. Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida, já diria Caetano. E quando a gente bebe, ah, é claro que a gente ama!

Amamos nossos amigos, o garçom, o lugar onde estamos, estranhos completos, amamos nossos copos cheios, amamos os mendigos, amamos a vida, o mar, a calçada, os pássaros, aquele cara bizarro que tem um olho de vidro, a nossa mãe, a sua mãe, os nossos "ex", os atuais alheios, os cães, as pombas, e muito mais. Beijamos uns aos outros, abraçamos os companheiros, cantamos, e muitas vezes até lambemos a cara (ou o que você preferir) de um bom amigo.

Mas o que mais fazemos? Nos declaramos! Contamos as verdades escondidas em nossos corações! Seja de amor ou de ódio. Tudo que está dentro, sai! E não, não estou falando do momento de gorfar no banheiro, mas está valendo também.

É nessas horas que resolvemos brigas mal-acabadas, dizemos e mostramos o quanto gostamos daquele bom amigo que só sabemos xingar na sobriedade, xingamos quem não gostamos, arrumamos brigas com quem a gente até curte, mas por bobagem, perdemos a compostura, choramos e contamos segredos desses que nem ousamos pensar! Fazemos ligações que nos farão querer morrer depois, e mandamos mensagens sem sentido que, talvez, um dia, no futuro, descobriremos o que significa, ou até mesmo poderá ajudar a desvendar mistérios de uma noite de bebedeira.

Essa é a beleza da bebida, birita, do goró, da cachaça, da gelada, enfim... da DOXA.

Quem nunca ficou rico quando estava mamado, e nunca amou quando ficou embriagado, por favor, queira se retirar. Você não sabe viver a sua vida! E não importa o embaraço do dia seguinte, tudo que foi, valeu a pena!

Então, vem comigo nessa loucura! Engula essa doxa e libere toda a leitoa que vive cochilando dentro de você! Não há sensação melhor no mundo!

Amo todos vocês como irmãos, cara! Sabe? Desses que você não encontra todo dia, não, velho! Se precisarem de mim, PARA O QUE FOR, por favor, me chama que eu venho correndo!

Dá cá um beijo!

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